quinta-feira, 23 de junho de 2016

Supinada, pronada, neutra: o tipo de pisada realmente faz a diferença?

O fisioterapeuta Claudio Cotter fala sobre a niomecânica dos calçados de corrida e para onde vamos a partir daqui


No último mês, tive o prazer de participar da palestra do Prof. Dr. Darren Stefanyshyn, da Universidade de Calgary no Canadá sobre biomecânica dos calçados. Durante o evento o professor trouxe comentários em vídeo de diversos pesquisadores pelo mundo, com os quais ele mantém contato e comentou os artigos mais atuais sobre a biomecânica de calçados.

O lado bom de ouvir este tipo de palestra é que ela se afasta de qualquer influência de patrocínio das marcas, o objetivo maior é realmente o entendimento sobre o que é consenso hoje no mundo científico e quais são as lendas que se tornam verdade pela repetição entre as pessoas mal informadas.

Alguns estudos abordados mostraram que o amortecimento em excesso diminui a performance dos atletas por absorver demais a força de reação do solo e não permitir que esta força seja transmitida pelo corpo resultando em maior propulsão, mas só até um limite. Pois também se observou em alguns estudos que à partir de um certo grau de dureza o atleta começa a perder performance.


Importante ressaltar também que não são todos que vão apresentar estes aumentos de angulações Foto: Divulgação

Por observar que um calçado com sola mais macia vá provocar uma exigência maior em termos de pronação do pé e até mesmo de uma rotação interna do joelho na aterrissagem que chamamos de valgo dinâmico (imagem da esquerda abaixo), com certeza este esforço maior vai provocar uma perda de performance, mas esta já é uma interpretação minha em relação ao que foi falado na palestra e baseado na discussão que pudemos fazer ao final.

Importante ressaltar também que não são todos que vão apresentar estes aumentos de angulações, pois existem pessoas com maior facilidade de adaptação, que são provavelmente as que terão menos lesões pela vida e as que tem maior dificuldade de se adaptar, que não por acaso terão que se preocupar muito mais em prevenir lesões.
Outro dado interessante, este já podemos perceber na mudança de estratégia de algumas marcas esportivas, é que cada vez mais vamos observar uma diminuição da importância de comprar tênis especifico para pronador, por exemplo. Mesmo com uma pronação intensa, pois os estudos estão concluindo que o índice de lesões em pessoas que usam calçados específicos ou não é o mesmo, ou seja, o corpo se adapta ao calçado, independente de qual seja, o problema são as transições rápidas de um tipo de calçado para outro, este sim pode ser um risco de lesão.

Um exemplo de transição rápida que pudemos vivenciar a pouco tempo, foi quando uma grande quantidade de pessoas compraram tênis minimalistas e não fizeram uma transição lenta, para permitir que o corpo se adaptasse gerando um número enorme de corredores com lesões por estresse ósseo.

Os estudos também mostram que a adaptação ao drop, diferença entre a altura da sola do calcanhar e do antepé, é gradativa. Pode ocorrer tanto para uma pessoa que corre de minimalista, que é o calçado com 0mm de drop e passa para um drop de 12mm, como no caminho inverso. É a definição do tipo de calçado que vai levar o corredor a entrar com o calcanhar ou com a frente do pé na hora do pouso.



A recomendação que faço a meus pacientes continua sendo a mesma, dê preferencia para calçados neutros Foto: Divulgação

Segundo a maior parte dos pesquisadores que falaram durante a palestra, a grande tendência da indústria de calçados será a personalização do mesmo criando até a hipótese de pequenas fábricas dentro das lojas capazes de montar um tênis específico para cada corredor, que poderá escolher a dureza do solado, a palmilha, o drop e todo tipo de personalização que cada marca puder imaginar.

A recomendação que faço a meus pacientes continua sendo a mesma, dê preferencia para calçados neutros, pois muitas das alterações do gesto do corredor e da pisada podemos tratar com fisioterapia a partir da análise por vídeo e treinamento de cada fase do gesto esportivo.

Em último caso recomendamos a confecção de palmilhas proprioceptivas, que são personalizadas a partir de avaliação postural e baropodometria. Outra recomendação é evitar os calçados muito macios e sempre consultar um profissional que entenda do assunto para definir qual o drop ideal para você.

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