O campeão mundial masculino dos 100 metros, Christian Coleman, foi suspenso por dois anos por faltar aos testes antidoping, e vai perder os Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo ano.
Christian Coleman durante a final dos 100m durante o Campeonato ao ar livre USATF 2019. Foto / Getty
Coleman recebeu uma suspensão provisória em junho por não estar em casa quando os testes de antidoping apareceram no ano passado. O tribunal disciplinar da Unidade de Integridade do Atletismo - AIU, siglas em inglês, confirmou hoje uma proibição de dois anos.
Coleman, o atual campeão mundial a 100 metros, disse que sua falha com o sistema antidopagem resultou de uma falha de comunicação que poderia ter sido facilmente resolvida com um telefonema do oficial de controle de doping que veio a sua casa em 9 de dezembro passado ano. Esta foi sua terceira infração por não informar seu paradeiro em 12 meses. Em uma postagem no Twitter em junho, ele refutou o teste perdido.
Segundo ele na data que o oficial veio na sua casa ele estava fazendo compras de Natal num Shopping a 5 minutos da su casa e que tem recibos e extratos bancários que comprovam essa informação.
A Unidade de Integridade do Atletismo, que lida com casos de antidoping para a World Athletics, disse que as ligações não fazem parte de seu protocolo de teste porque podem tornar mais fácil para os atletas manipularem o processo de teste.
É norma que os atletas de elite em todo o mundo devem preencher um "formulário de localização" para possibilitar às autoridades antidoping realizar testes surpresa fora da competição. Uma violação significa que um atleta não preencheu formulários dizendo às autoridades onde eles poderiam ser encontrados ou que não estavam onde disseram que estariam quando os testadores chegaram.
Conforme normas da AIU, três testes perdidos em um período de 12 meses podem ser considerados uma violação antidoping.
Alguns dos testes anteriores perdidos por Coleman não foram com a AIU, mas com a USADA, cujo próprio manual para atletas diz que as ligações são geralmente reservadas apenas para os últimos cinco minutos de um intervalo de tempo e "para confirmar a indisponibilidade do atleta, não para localizar um atleta para o teste".
Pelo mesmo motivo a atleta campeã mundial feminina dos 400 metros Salwa Eid Naser, do Bahrein, foi suspensa provisoriamente em junho por violação das regras de doping, por ter falhado a comunicação do local para a realização de testes surpresa.
Anteriormente, a campeã olímpica e recordista mundial dos 3.000 metros com obstáculos, Ruth Jebet, de 23 anos, foi suspensa por quatro anos em março e a maratonista Eunice Kirwa, de 36, recebeu proibição idêntica em 2019, em ambos os casos por uso de substâncias proibidas.
