sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Tocantins encerra participação nos Jogos Escolares Brasileiros com 13 medalhas

O evento foi encerrado nesta quinta-feira com as finais das modalidades coletivas

por Fábio Almeida/Governo do Tocantins


Time de futsal da Escola Indígena Mãtyk, de Tocantinópolis, conquista medalha de bronze na série prata - Foto: Divulgação Dicom Seduc/Governo do Tocantins

Após seis dias de competições, a delegação do Tocantins encerrou nesta quinta-feira, 4, sua participação nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs) 2021, com um total de 13 medalhas conquistadas pelos estudantes-atletas que vieram ao Rio de Janeiro, muitos pela primeira vez, participar da maior competição escolar do Brasil. O evento teve início no dia 29 de outubro.

Clay Rios, superintendente de Esportes, Juventude e Lazer, da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) e também chefe da delegação do Tocantins, ressaltou a importância da participação dos estudantes tocantinenses. "É gratificante ver os nossos estudantes participando de um evento como esse, pois gera um ganho escolar, físico e mental, com certeza isso ficará marcado na vida desses jovens. É um momento de intercâmbio e de muita aprendizagem".

A última medalha da delegação foi conquistada pelas estudantes-atletas do time de Futsal da Escola Estadual Indígena Mãtyk, de Tocantinópolis, que levam para sua comunidade medalha de bronze na série prata dos JEBs.

A capitã do time, Darcyara Apinajé, 14 anos, disse estar muito feliz em ter representado a delegação do Tocantins na modalidade Futsal.  “Foram muitos desafios para estar aqui, mas sempre lutamos para realizar esse sonho que parecia impossível. Tudo o que vivenciamos nesses dias será lembrado durante a nossa vida”.

Também nesta quinta-feira, as estudantes-atletas da Escola Municipal Maria Júlia Amorim Soares Rodrigues, de Palmas, ganharam medalha de prata no Basquete série bronze, e as estudantes do Colégio Dom Bosco, de Palmas, ganharam medalha de ouro na série bronze do Voleibol.

No total, a delegação tocantinense fecha sua participação nos JEBs com 13 medalhas. Veja a relação abaixo:

- Atletismo 5 medalhas (2 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze)

- Ciclismo 2 medalhas (1 de prata e 1 de bronze)

- Karatê - 1 medalha de prata

-Taekwondo - 1 medalha de bronze

- Vôlei de praia - 1 medalha de ouro (série cobre)

- Futsal feminino - 1 medalha de bronze (série prata)

- Basquete feminino - 1 medalha de prata (série bronze)

- Vôlei feminino - 1 medalha de ouro (série bronze)

Outros resultados

Além dessas medalhas, o Tocantins conquistou resultados inéditos em algumas categorias do Atletismo, como por exemplo, a 4ª colocação no Salto em distância pelo estudante João Lucas Oliveira, da Escola Estadual Professora  Augusta Vaz, de Combinado; 5ª colocação geral no Revezamento 5x80m pela equipe composta pelos atletas João Lucas Oliveira, Miguel Antônio dos Santos, do Colégio Estadual de Itacajá, Felipe da Silva Brito, do Colégio Estadual de Lavandeira, Gabriel Pereira Santos, do Colégio Estaual Ernesto Barros, de Colinas e Arthur de Sousa Cruz, da ETI Almirante Tamandaré, de Palmas.

Nos JEBs 2021, a delegação tocantinense contou com 259 integrantes, entre atletas e  comissão técnica e competiu nas seguintes modalidades: Atletismo, Badminton, Ciclismo, Judô, Natação, Tênis de mesa, Futsal masculino e feminino, Basquete masculino e feminino, Handebol masculino e feminino, voleibol masculino e feminino, Vôlei de praia, Taekwondo, Karatê, Wrestling e Xadrez.


Estudantes-atletas da Escola Municipal Maria Júlia Amorim Soares conquistam medalha de prata no basquete série bronze - Márcio Vieira/Governo do Tocantins

JEBS - Surpresas, emoções e as novas passadas da corredora Nívia Vitória após os JEB’s

A história da menina de Codó (MA) que descobriu um novo caminho para batalhar por um futuro melhor por meio do atletismo no megaevento escolar


Em sua definição semântica, uma surpresa significa um fato inesperado, não anunciado previamente, capaz de causar admiração. Para Nívia Vitória, 14 anos, moradora de Codó, no interior do Maranhão e estudante do 8º ano, a surpresa que mudou sua vida se resume a quatro letras: JEB’s.

“Eu vou lhe falar a verdade: eu não sabia de nada. Só vi os meninos e aí ele aqui (o técnico de atletismo Arcelino Martins, que acompanha a equipe maranhense nos JEB’s) falou: ‘Tu vai para os JEB’s’. Aí eu falei: ‘O que é JEB’s?’ Ele respondeu: ‘É um lugar onde a gente corre e ganha medalha’... E agora estou aqui”, narra Nívia Vitória.

"Eu me encontrei aqui. Quero mudar a vida da minha mãe e do meu pai. Quero terminar a casa dela. Quero conseguir no atletismo tudo o que quero. Vou ajeitar a vida da minha família”

Nívia Vitória

Ainda em Codó, quando descobriu que os Jogos Escolares existiam, a jovem corredora sequer sabia onde os tais JEB’s seriam. A segunda surpresa veio quando foi informada de que o palco seria o Rio de Janeiro. “Eu ia desmaiando. Caí da cadeira quando a moça me falou. Eu disse: ‘Ôxe!? Vou para o Rio? E ela: ‘Sim! E você vai competir lá’. Não tive palavras. Fiquei muito feliz”, prossegue a jovem maranhense.

A partir daí, um mundo novo se abriu para Nívia. A primeira viagem de avião, a primeira vez em um hotel, novos amigos e, principalmente, o contato com uma nova realidade do atletismo, o esporte que ela passou a amar ainda mais.

Nívia explica que, antes dos JEB’s, jamais havia visto uma pista oficial. Até mesmo o formato oval foi novidade para ela. Em Codó ela treina numa pista em formato quadrado e de cimento. “Eu enlouqueci para falar a verdade. Estava agradecendo a Deus e a todo mundo. Estava pedindo conselho de como era pisar na pista. É tudo o máximo. Eu me encontrei aqui”.

As provas do atletismo nos JEB’s foram realizadas no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes – CEFAN, instituição militar que passou por reformas custeadas pelo Governo Federal para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Ela correu os 2.000m. Terminou a bateria na terceira colocação, mas o tempo não foi suficiente para que conquistasse uma medalha.

De família muito humilde, a corredora maranhense é filha de uma cabeleireira que atualmente trabalha no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) em Codó. A unidade pública de assistência social atende pessoas que vivenciam situações de violações ou violências. O pai sofre de um problema no coração e, em função de não poder fazer esforço, atualmente não pode trabalhar.

Se não chegou ao pódio no Rio, Nívia conquistou outras vitórias nos JEB’s. Na competição estudantil, ela vislumbrou portas que o esporte pode abrir para os que o abraçam. “Estou aqui porque quero mudar a vida da minha mãe e do meu pai. Quero terminar a casa dela. Quero conseguir no atletismo tudo o que quero. Vou ajeitar a vida da minha família”, sonha Nívia.

Ídolos, conselho e presente

Nos JEB’s, Nívia Vitória ainda teve a oportunidade de ganhar uma fonte a mais de inspiração. Ela chamou a atenção de dois dos embaixadores da competição: a campeã olímpica do salto em distância nos Jogos de Pequim 2008, Maurren Maggi, e o duas vezes medalhista olímpico André Domingo, bronze nos Jogos de Atlanta 1996 e prata em Sydney 2000, no revezamento 4 x 100m livre.

“Se ela guardar, é um tênis que ganhou de uma campeã olímpica. A gente tem histórias parecidas. A nossa bate com a de muitas crianças aqui. E a gente espera que ela faça bom uso das nossas palavras, porque o resto é com ela”

Maurren Maggi

“Eu passei fome e consegui vencer todas as dificuldades. Tem muita criança aqui que passou a mesma coisa ou está passando até hoje. Batalhei, conquistei, fui às Olímpiadas, conquistei medalhas e servi de exemplo em nosso país”, disse André Domingos, que disse ter enxergado em Nívia um pedaço de sua própria história.

“Eu acho que você é um grande exemplo hoje aqui. Um exemplo de acreditar e não desistir, de poder mudar a história da sua família através do atletismo. Eu sonhava isso tudo quando tinha a sua idade”, incentivou o campeão.

De Maurren Maggi vieram, além de palavras de apoio, um presente: o par de tênis que a medalhista de ouro tirou dos pés e deu para servir de inspiração e de recordação do encontro nos JEB’s. “Se ela guardar, é um tênis que ganhou de uma campeã olímpica. Mas quero que sirva de exemplo. Ela conheceu a gente e a gente é humilde para caramba, eu e o André. A gente tem histórias parecidas. A nossa bate com a de muitas crianças aqui. E a gente espera que ela faça bom uso das nossas palavras, porque o resto é com ela”, diz Maurren.

Até o encontro com Maurren e André, Nívia não sabia quem eles eram, mas a admiração e o respeito foram imediatos. “Foi incrível porque eles são um exemplo e a história deles tem pouca diferença da minha. Eles começaram descalços, não tinham nada. Eles são incríveis, me deram conselhos muito bons e eu vou seguir todos”, garante Nívia.

Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania







Fotos: Matheus Bacelar / Ministério da Cidadania

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