segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Ratificados os Recordes mundiais: 5000m de Gidey e 10,000m de Cheptegei




Letesenbet Gidey e Joshua Cheptegei depois de quebrar o recorde mundial en Valencia


As performances fenomenais de Letesenbet Gidey da Etiópia e Joshua Cheptegei de Uganda, para quebrar dois dos mais reverenciados recordes mundiais do esporte foram oficialmente ratificadas.

A marca de 5000m de Gidey de 14:06.62 e a performance de Cheptegei de 10.000m de 26:11.00 foram estabelecidas no evento: Dia do Recorde Mundial NN Valencia em 7 de outubro.

Gidey foi a primeira, realizando uma corrida impressionante que fez menos de quatro segundos do recorde anterior estabelecido por Tirunesh Dibaba 12 anos antes. Poucos minutos depois o jovem Chepteguei, de 22 anos fez sua corrida de 10 mil metros, dando 25 voltas na pista em uma média de menos de 63 segundos cada uma para melhorar a marca Kenenisa Bekele em mais de seis segundos, marca que já durava 15 anos. Na história do Atletismo os recordes para esses dois eventos nunca foram quebrados no mesmo dia.

A reunião de duas corridas foi realizada no íntimo Estádio Turia da cidade espanhola, diante de um público limitado a menos de 150 pessoas,  devido às restrições à pandemia de Covid-19.

Essa cena estava em total contraste com a de Oslo, em 6 de junho de 2008, quando Dibaba implantou o recorde mundial de 5000m com uma corrida de 14:11.15 e três anos antes, em Bruxelas em 26 de agosto de 2005, quando Bekele marcou 26:17.53 , diferença de 2,57 segundos de diferença com relação a sua marca de um ano atrás. 

O incentivo do público em ambos os eventos, que formaram parte da Golden League, foram cruciais para esses ataques aos recordes. Em Bruxelas, a batida pulsante fornecida por uma orquestra de tambores africana se somou ao barulho produzido pela multidão de 47.000 pessoas que lotou o Estádio King Baudouin.

Isso esteve ausente em Valência, mas não parecia importar para Gidey ou Cheptegei, que graças a sua fenomenal forma e foco, conseguiram escrever seus nomes nos livros dos recordes. Para Cheptegei, cuja atuação aconteceu 54 dias depois de quebrar o recorde mundial dos 5000m em Mônaco, onde o público também era restrito, as circunstâncias do cenário não eram novidade.

“Queria mostrar aos amantes do esporte do mundo todo que a pista é emocionante”, disse o jovem de 24 anos, que se tornou o décimo homem a deter os recordes mundiais de 5000m e 10.000m simultaneamente. 

Os coelhos ajudaram Cheptegei a correr sua primeira parcial em 13:07,73, nos 5 mil metros, antes de o ugandês continuar em frente sozinho nas 12 voltas finais. Ele desacelerou um pouco ao longo do sexto quilômetro, mas então acelerou no sétimo para construir seu recorde acima da lendária marca de Bekele, realizando a volta final em 60 segundos. 

Aludindo à pandemia do coronavírus, Cheptegei acrescentou: "Nesta situação difícil, espero que coisas como esta ainda possam nos dar alegria e alguma esperança para amanhã." 

Gidey, uma figura destacada do cross country com dois títulos mundiais de Sub-20 no seu currículo e uma medalha de bronze no Campeonato Mundial de Cross Country em Aarhus, Dinamarca, no ano passado, chegou a Valência com apenas uma corrida em seu currículo nesta temporada, um sólido 14:26,57 em Mônaco, mas supostamente em forma, sugerindo que ela poderia correr significativamente mais rápido. 

Ao contrário de Cheptegei, que não fez segredo sobre seu ataque planejado no registro, Gidey optou por uma abordagem mais discreta na preparação para a reunião, optando por minimizar as conversas pré-corrida de sua tentativa à marca de Dibaba. Mas suas ambições se tornaram evidentes quando ela ultrapassou os  3.000 metros quase sete segundos à frente do ritmo do recorde mundial. Ela fechou a corrida com voltas consecutivas de 67 segundos antes de cruzar a linha de chegada.

“Tenho sonhado por seis anos com isso (estabelecer um recorde mundial)”, disse Gidey, que não ganhava uma corrida de 5000m desde 2016. “Estou muito feliz agora”.

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Troféu Brasil - Pinheiros conquista pela quinta vez o Troféu

                                                     


                                                             Felipe e Gabriele, os melhores (Carol Coelho/CBAt)

A edição de 2020 do Troféu Brasil Caixa de Atletismo, realizado de 10 a 13 de dezembro de 2020, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo viu o Esporte Clube Pinheiros confirmar seu favoritismo e conquistar o pentacampeonato do Troféu Brasil Caixa de Atletismo. 

 

A equipe Pinheiros venceu na classificação geral, com 511.5 pontos, no masculino, com 214, e no feminino, com 297,5 pontos.

 

Já a Orcampi, de Campinas, que havia sido campeã brasileira recentemente sub-18 e sub-20, comemorou o vice-campeonato, com 211 pontos, sendo também segunda colocada no feminino (115) e terceira no masculino (96). Já a AABLU, de Blumenau, ficou e terceiro lugar no geral, com 194 pontos, ficando em segundo no masculino (116) e em terceiro no feminino (78 pontos).

 

Dos 126 clubes participantes da competição, 74 marcaram pontos, colocando atletas entre os oito finalistas.

 

Os melhores atletas da competição, eleitos por um júri especial, escolhido na quarta-feira (9/12) na reunião virtual, que substituiu o Congresso Técnico, foram Felipe Vinicius dos Santos (AABLU) e Gabriele Sousa dos Santos (Pinheiros).

 

Felipe venceu a prova do decatlo, com 8.364 pontos, a segunda na história da América do Sul, obtendo o índice olímpico para Tóquio. “O título de melhor atleta é mais um recompensa por todos os sacrifícios feitos nos últimos anos”, comentou o paulistano.

 

Já Gabriele levou o título de melhor participante do feminino pelo segundo ano seguido. Ela venceu o salto triplo, com 14,17 m (-1.0), ficando em 17º lugar no ranking mundial da prova. “Queria uma marca melhor e fico feliz com o prêmio. Meu objetivo agora é 2021. Não quero o índice olímpico, quero muito fazer a final em Tóquio”, observou.


Confira os resultados

 


Vinte anos depois Claudio Roberto Sousa recebe medalha olímpica

O velocista Cláudio Roberto Sousa sua medalha de prata olímpica 20 anos depois

Fotos: Wagner Carmo/CBAt



Visivelmente  emocionado, ele recebeu a sua medalha de prata do revezamento 4x100 m dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, depois de 20 anos de espera, neste domingo (13/12), no término do programa de provas do Troféu Brasil Caixa de Atletismo, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo. 

A medalha veio do Museu Olímpico, de Lausanne, Suíça e foi entregue a Claudio Roberto por Bernard Rajzman, representante do COI, ao som do Hino Olímpico, após um emocionante revezamento na pista simulado pelos titulares do time brasileiro em 2000. Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos, Claudinei Quirino participaram do revezamento simbólico na pista do Centro Olímpico até a passagem do bastão para Claudio que correu até o fim sob aplausos dos companheiros.

Os demais integrantes do quarteto brasileiro receberam a medalha no próprio estádio, na cerimônia do pódio, no dia 30 de setembro de 2000. A medalha de Claudinho ficou para ser entregue depois, mas nunca foi recebida por ele. Para tratar sobre o assunto o Comitê Olímpico Brasileiro entrou em contato em 2001 com o COI, e este teria afirmado que a responsabilidade de prover a medalha era do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Sydney. Em 2003, nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, na República Dominicana, Claudinho ganhou do COI um pin, destinado aos medalhistas olímpicos como compensação.

Emocionado ele disse "É muita história pra contar, daria um livrão... Por tudo o que eu passei, por tudo o que eu vivi em busca dessa medalha e finalmente ela chegou. Eu não me arrependo de nada. Fui atrás da medalha do meu jeito, como tinha de ser, do meu jeito, sem agredir ninguém, sem criar polêmica. E ela chegou naturalmente".








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