segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Atletismo cubano acelera rumo a Tóquio 2020

 Tradução de: http://www.cubadebate.cu/especiales/2021/01/02/atletismo-cubano-se-quiere-robar-la-arrancada-en-tokio/



Atletismo acelera rumbo a Tóquio 2021. Na foto a lançadora de disco Yaimé Pérez


Cuba estreou o seu pódio olímpico no atletismo em Tóquio 1964 com a medalha de prata do velocista Enrique Figuerola, nos 100 metros rasos. Desde então a somatória de medalhas conquistadas não para de crescer.


Final dos 100 m na Olimpíada de Tóquio 1964 com Enrique Figuerola (80), medalhista de prata. Foto: By Mario De Biassi/Giorgio Lotti (Mondadori Publishers) 

Aumentar a quantidade de medalhas na capital japonesa, no próximo verão, é o principal sonho de atletas e diretivos, sustentado numa geração disposta a escrever sua própria historia de sucessos.

Jovens com experiência competitiva, como a campeã mundial do lançamento do disco Yaimé Pérez; Denia Caballero, bronze olímpico quatro anos atrás, também, no disco; o saltador em distância Juan Miguel Hechevarría, ouro mundial indoor em 2018; e a saltadora com vara Yarisley Silva, prata em Londres 2012, brilham num grupo empenhado em fazer bonito na cita olímpica.


Denia Caballero. Foto: Mónica Ramírez

No comando aparecem dois ex-atletas: a campeã do lançamento do martelo em Beijing 2008 e hoje comissionada nacional Yipsi Moreno, e o ex-saltador de triple Daniel Osorio, chefe técnico. Ambos sentem um grande compromisso ante esta prova de fogo que está por vir.

Mais de três meses de isolamento social por causa da pandemia de la COVID-19 fizeram provocaram uma mudança nas estrategias. Antes da interrupção dos treinamentos, em março passado, o atletismo contava com 14 classificados olímpicos e a meta de sobrepassar os vinte.

Com essa aspiração retomaram a preparação na pista na cidade de Camagüey, em setembro, e alguns atletas viajaram para uma base de treinamento na localidade portuguesa de Montegordo.

Desde lá, a dois vozes em uma, Yipsi e Osorio conversaram com o site de noticias JIT sobre o trabalho realizado e as projeções rumo ao reto dos jogos em Tóquio 2020.

— Obrigados a variar todo o planejamento… Como aconteceu esse re-planejamento?

Tomamos como principio que aos Jogos debemos chegar na melhor forma esportiva possível. Atualizamos a pre-seleção olímpica —reduzida de 46 a 33 antes de viajar a Camagüey— e aplicamos a premissa de ir recuperando pouco a pouco os níveis físicos, sem violar nenhuma etapa ou indicador, e nem o direcionamento do treinamento.

Planejamos dos macrociclos. No primeiro se busca a base do segundo, levando como objetivo principal a competição da Copa Cuba (10-21 de março de 2021), sem pretender ali grandes marcas. A ideia será participar, recuperar a participação internacional e estar no entorno de 95-97% da marca esperada em Tóquio.

— Quais os parâmetros seguiram para formar a atual pre-seleção?

Para viajar a Camagüey se foi solicitado que fosse uma equipe enxuta e daqueles com maiores possibilidades, por razões de economia e segurança. Incorporamos apenas somente os classificados. Logo, trás una analise mais profunda, incorporamos os de maiores possibilidades de se classificar.

Com isso, convocamos as mulheres possíveis integrantes do revezamento 4×400 m (Rosemary Almanza e Zuriam Echevarría já classificadas em provas individuais), as atletas de eventos combinados (Yorgelis Rodríguez e Adriana Rodríguez), e os quartos homens no salto em distância e salto triplo.

Desde o punto de vista psicológico, essa decisão do Instituto Nacional de Esportes, Educação Física e Recreação (INDER),  teve um grande impacto. A visão foi acertada e oportuna, haja vista que os atletas no deviam passar nem um dia mais fora da preparação.

— Como foi planejada a etapa de inverno de princípios de 2021?

Ante o adiamento do campeonato mundial indoor previmos participar em algumas das competições anunciadas pela World Athletics entre 27 de janeiro e 17 de fevereiro.


Juan Miguel Echevarría. Foto: Getty Images

Serão nove os atletas participantes: no salto em distância estarão Juan Miguel Echevarría, Maikel Massó e Lester Lescay; no salto triplo, Liadagmis Povea, Jordan Díaz, Cristian Nápoles e Andy Díaz; no salto em altura Luis Enrique Zayas e no salto com vara, a  experimentada Yarisley Silva. Depois de competir lá, eles devem voltar para competir na Copa Cuba.


Luis Enrique Zayas. Foto: World Athletics


— Como será o planejamento do restante do tempo até os jogos em Tóquio?

Muito cedo para falar sobre isso, sobre tudo levando em consideração as limitações por causa da pandemia. Não obstante, planejamos uma estrutura de 20 semanas, aproximadamente a partir de 22 de maço, e planejamos para maio o inicio da participação de nossas principais figuras na Wanda Diamond League.

Esperamos participar em cerca de cinco a sete competições preparatórias antes dos Jogos, que permitam chegar à forma esportiva e conseguir excelentes resultados.

— No melhor cenário… Qual seria o número de participantes do atletismo em Tóquio?

De 24 a 26. Devem incorporar-se uma atleta mais no salto triplo e os atletas do revezamento 4×400 feminino e 4×100 masculino, esta última com a possibilidade de classificar-se no mundial de revezamentos na Polônia, a realizar-se em 1 e 2 de maio.

Também contamos com o lançador de  disco Jorge Fernández, uma das jovens lançadoras dessa prova, Silinda Morales ou Melani del Pilar; e pelo menos um corredor com barreiras Roger Valentín Iribarne e Yordan  O’Farrill. Queremos fechar com as mulheres do heptatlo.


Jorge Fernandez. Foto: Alexander Hassenstein/Getty Images Europe)

— Falando delas... Adriana é campeã pan-americana e Yorgelis foi bronze mundial, porém ainda não conseguiram a exigente marca estabelecida  de 6.420 pontos para Tóquio. Quais as previsões para elas?

Temos total confiança em ambas, e ressaltamos a Yorgelis pela sua condição de grande batalhadora. Adriana no é menos, porém ainda está em pleno desenvolvimento.

Yorgelis atravessa por um processo de recuperação de suas atuações competitivas, e para isso tem toda nossa confiança e a do seu treinador. Por isso temos certeza que seguramente estará e fara uma boa atuação.

— Sem falar em nomes… Em quais eventos existe a maior responsabilidade de cara a Tóquio?

São bem conhecidas nossas potencialidades e as ratificamos em: disco feminino, salto em distância masculino, salto triplo em ambos os sexos, salto em altura para homens e não deixamos de reconhecer a garra de Yorgelis e Yarisley.

Em algumas disciplinas teremos uma "agradável" dor de cabeça, pois contamos com mais de três aspirantes. O processo será como sempre: todos estarão participando em diferentes competições, seja el em solo europeu ou outras, e numa determinada data será definida a equipe olímpica a partir das três melhores marcas conseguidas.

Matéria da World Athletics: Revisão de 2020: médias e longas distâncias

Tradução de: https://www.worldathletics.org/news/news/2020-review-middle-and-long-distance 


Joshua Cheptegei e Letesenbet Gidey (© NN Running Team)

A medida que este ano extraordinário chega ao fim, olhamos para trás, para os momentos chave de 2020 em cada área do esporte. A série continua hoje com uma revisão das corridas de médias e longas distâncias. 

800 m feminino

Bellinzona proporcionou a melhor corrida do ano quando, no dia 8 de setembro, as quatro primeiras - Hedda Hynne, Selina Büchel, Lore Hoffmann e Jemma Reekie - correram 1:58. O tempo de 1:58.10 de Hynne foi um recorde norueguês, Büchel correu o segundo melhor tempo de sua carreira (1:58,37) e a compatriota suíça Hoffman fez 1:58.50, sua melhor marca pessoal por dois segundos.

Para Reekie, no entanto, a corrida foi um pouco decepcionante. Ela entrou na corrida como a líder mundial invicta nos 800m (1:58,63 ao ar livre, 1:57,91 indoor) depois de ter vencido em Trieste, Estocolmo e Chorzow, mas terminou em quarto lugar em Bellinzona. Dois dias depois, no entanto, Reekie voltou às vitórias e derrotou Hynne e Hoffmann em Roma.


Oito dias depois, em Doha, Hynne deixou de ser a líder mundial e foi vencida pela especialista em 1.500 metros Faith Kipyegon, que baixou sua marca pessoal de cinco anos atrás em meio segundo para 1:57,68. Kipyegon indicou seu potencial nesta distância mais curta em Mônaco e Bruxelas ao passar 800m em 1:59 em duas (malsucedidas) tentativas de recorde mundial de 1000m.

A campeã mundial Halimah Nakaayi não correu 800m ao ar livre este ano, nem a medalhista mundial de bronze Ajee Wilson. A medalhista mundial de prata Raevyn Rogers correu em Estocolmo e Gotemburgo, marcando 2:01.02 e 2:01.24. 

As oportunidades limitadas de competir internacionalmente eram visíveis estatisticamente. Em 2019, houve 58 apresentações de menos de dois minutos de 26 atletas; em 2020, caiu para 20 corridas de oito atletas. 

800 m masculino

Após um início de ano promissor com algumas atuações rápidas em competições indoor, esta distância foi ligeiramente prejudicada pela falta de corridas durante a época de competições ao ar livre. 

O campeão mundial Donavan Brazier correu numa competição indoor uma vez nesta distância, registrando um recorde norte-americano de 1:44,22 nos Jogos Millrose em Nova York em fevereiro para passar para o quinto lugar na lista de todos os tempos do mundo em pista coberta. 

Brazier também foi o líder mundial ao ar livre, com 1:43.84 em Oregon em julho, antes de vencer em Mônaco com 1:43.15. Ele alcançou outra vitória em Estocolmo com 1:43,76, a última corrida de sua invencibilidade. 

O compatriota americano Bryce Hoppel, quarto no Campeonato Mundial no ano passado, foi o segundo mais rápido em 2020 com seu recorde pessoal de 1:43,23 atrás de Brazier em Mônaco. 

Daniel Rowden, o terceiro atleta mais rápido este ano - e, como Brazier e Hoppel, também nascido em 1997 - registrou uma grande marca pessoal de 1:44.09 para vencer em Zagreb em setembro. Outro promissor britânico, Max Burgin, de 18 anos, correu 1:44,75 em Stretford em agosto para seu primeiro tempo abaixo de 1:45.

1500 m feminino

Este evento foi propriedade de Laura Muir, que correu em Estocolmo, Chorzow e Berlim. Ela dominou todas as três corridas, venceu confortavelmente por 3,76, 1,46 e 2,69 segundos, respectivamente, e registrou as três marcas mais marcantes do ano: 3:57,86, 3:58,24 e 3:57,40. 

Com a campeão mundial Sifan Hassan, a recordista mundial Genzebe Dibaba e a medalhista mundial de bronze Gudaf Tsegay não correndo a distância ao ar livre, a única verdadeira desafiante a Muir teria sido a medalha de prata mundial Faith Kipyegon. Infelizmente, no entanto, as duas nunca se encontraram, pois a temporada invicta de Kipyegon consistia em três corridas de 1000m, uma de 800m e apenas uma de 1500m (no encontro Continental Tour Gold em Ostrava). Naquela corrida, a queniana fez 3:59,05 para vencer por 2,91 segundos a britânica Laura Weightman, que sete dias depois terminou a 2,69 atrás de Muir.

A dupla americana Karissa Schweizer (16h02) e Elle Purrier (16h00,77) baixaram substancialmente suas marcas pessoais, mas infelizmente nem elas nem a recordista norte-americano Shelby Houlihan competiram no cenário internacional. 

Purrier teve um grande avanço nos Jogos de Millrose em fevereiro, marcando um recorde norte-americano da milha indoor de 4:16,85 - o segundo melhor tempo da história para a distância. 

A alemã Konstanze Klosterhalfen e a polonesa Sofia Ennaoui foram as únicas outras mulheres a fazer menos de quatro minutos nos 1.500 metros este ano. Klosterhalfen registrou 3:59,87 em competição indoor, em seu caminho para estabelecer o recorde nacional da milha indoor de 4:17,26, terminando atrás de Purrier nos Jogos de Millrose. Ennaoui correu 3:59,70 em Chorzow ao terminar atrás de Muir.

1500 m masculino

A intensidade, como em muitos eventos, pode ter faltado em 2020, mas os cinco primeiros neste evento foram tão bons quanto em qualquer temporada. 

Os tempos mais rápidos foram alcançados em duas corridas: Mônaco em agosto e Doha em setembro. O campeão mundial Timothy Cheruiyot venceu o primeiro deles, registrando o top mundial do ano de 3:28,45 em Mônaco. Ele seguiu com vitórias em Estocolmo (3:30,25) e Nairóbi (3:34,31).

Jakob Ingebrigtsen chegou perto do queniano em Mônaco (3:28,68, recorde europeu) e Estocolmo (3:30,74) e fechou a temporada com vitórias em Bruxelas (3:30,69), Ostrava (3:33,92) e no campeonato norueguês em Bergen (3:33,93).

Jake Wightman, da Grã-Bretanha, foi o terceiro homem a correr às 3:30 este ano. Ele terminou em terceiro em Mônaco com 3:29,47 para passar para segundo na lista britânica de todos os tempos, à frente do lendário trio Steve Cram, Sebastian Coe e Steve Ovett.

3000 m feminino

As coisas boas vêm para aqueles que esperam. Esse foi certamente o caso nos 3000 m das mulheres. 

Não houve muitas corridas de alto nível nesta distância ao longo da temporada altamente pontuada, mas os 3000m femininos no último encontro da Wanda Diamond League do ano acabaram sendo uma das corridas de maior qualidade de todos os tempos. 

As três primeiras - Hellen Obiri, Agnes Tirop e Beatrice Chepkoech - terminaram com 8:23, enquanto as quatro mulheres seguintes chegaram às 8:27.


3000 m masculino

A dupla etíope Getnet Wale e Selemon Barega foi a mais rápida em competições indoor. Wale venceu com 7:32,80 em Liévin em fevereiro com o Barega logo atrás com 7:33,19. Birhanu Yemataw estabeleceu um recorde indoor asiático de 7:34,58 para o terceiro lugar. 

Ao ar livre, a corrida mais rápida do ano foi em Roma, em setembro. Jacob Kiplimo, de Uganda, e Jakob Ingebrigtsen, da Noruega, ambos com 19 anos na época da corrida, produziram um dos confrontos mais memoráveis do ano, com Kiplimo emergindo como o vencedor com recorde nacional de 7:26,64, o tempo mais rápido já registrado por um adolescente. O recorde norueguês de Ingebrigtsen de 7:27,05 em segundo lugar o tornou o segundo europeu mais rápido de todos os tempos. A dupla está agora em oitavo e nono lugar na lista de todos os tempos do mundo. 

Stewart McSweyn da Austrália estava logo atrás deles, estabelecendo um recorde da Oceania de 7:28,02 em terceiro.



5000 m feminino

Os recordes mundiais nas modalidades olímpicas padrão são uma raridade, mas este ano a marca dos 5000m femininos de longa data foi bem e verdadeiramente reescrita. 

Em uma corrida cuidadosamente planejada em Valência em outubro, com a ajuda da tecnologia Wavelight, Letesenbet Gidey abaixou quase cinco segundos do recorde mundial de Tirunesh Dibaba com uma corrida executada de forma perfeita, marcando 14:06.62. Gidey começou com três voltas de 69 segundos antes de aumentar gradualmente a velocidade, com cada uma das seis voltas finais percorridas em 66,5-67,2 segundos.



Dois meses antes, Gidey havia enfrentado a campeã mundial Hellen Obiri em Mônaco. A conhecida mudança de velocidade de Obiri nas últimas voltas foi decisiva naquela ocasião, quando a queniana venceu em 14h22,12 contra 14h26,57 de Gidey. 

Como nos 1500m, as melhores corredoras dos EUA permaneceram em casa, mas em Portland, em julho, elas organizaram uma corrida para Shelby Houlihan para atacar seu próprio recorde norte-americano. Ela atingiu seu objetivo e melhorou em mais de 10 segundos sua marca com 14:23,92. Em segundo lugar, a compatriota Karissa Schweizer também fez uma importante marca pessoal, marcando 14:26,34 para subir para o 14º lugar na lista mundial de todos os tempos.

5000 m masculino

Uganda foi o país mais rápido em quase todas as provas de distância masculina e 5000m não foi diferente. 

O campeão mundial de 10,00m, Joshua Cheptegei, correu apenas uma corrida de 5000m em 2020, mas isso foi mais do que suficiente para o ugandense, pois ele marcou 12h35,36 em Mônaco em agosto para bater o recorde mundial de 12h37,35 de Kenenisa Bekele, que havia chegado a mais de 16 anos.


Cheptegei se tornou apenas o segundo ugandense a deter um recorde mundial, 46 anos depois que a lenda dos 400m com barreiras John Akii-Bua encerrou seu reinado como detentor do recorde mundial. 

O canadense Mohammed Ahmed foi o segundo corredor mais rápido de 5000m em 2020, estabelecendo um recorde norte-americano de 12:47,20 em Portland em julho. O compatriota ugandense de Cheptegei, Jacob Kiplimo, estabeleceu um recorde pessoal de 12:48,63 para vencer em Ostrava em setembro pelo terceiro lugar na lista mundial de 2020.  

10.000 m femininos

Três dias depois do recorde de 5.000 metros de Gidey em Valência, uma corrida de 10.000 metros foi organizada em Hengelo para a campeã mundial Sifan Hassan. As condições na cidade holandesa não eram tão boas quanto em Valência, mas Hassan desafiou a chuva forte e as temperaturas baixas e passou na metade do caminho a 14h38, dentro do recorde mundial. 

O mau tempo acabou cobrando seu preço e Hassan desacelerou um pouco na segunda parte da prova, mas ela ainda conseguiu tirar 24 segundos do recorde europeu de Paula Radcliffe, de 18 anos, ao marcar 29:36.67, o quarto tempo mais rápido da história. 

O recorde japonês também passou por uma grande revisão este ano. Tendo ficado em 30:48,89 por 18 anos, o recorde foi reduzido para 30:20,44 por Hitomi Niiya no início de dezembro. A marca pessoal anterior de Niiya de 30:56.70 foi definido no Campeonato Mundial de 2013 em Moscou. 

10.000 m masculinos

Como no caso dos 5000m, o campeão mundial Joshua Cheptegei correu uma vez nesta distância e estabeleceu um enorme recorde mundial. O tempo de 26:17.53 de Kenenisa Bekele era o recorde mundial por mais de 15 anos, mas caiu para Cheptegei em Valência em outubro. 

O "coelho" Nicholas Kimeli passou os 5 km em 13:07.73, à frente do tempo equivalente de Bekele de 13:09.19 em 2005. O recorde foi finalmente decidido entre os 7000m-9000m com Cheptegei acelerando o ritmo e acabou cruzando a linha em 26:11,00, seu segundo recorde mundial em menos de dois meses. 

Nicholas Kimeli completou a corrida, terminando em segundo com 27:12,98. Um mês antes, ele atingiu sua marca pessoal de 26:58,97 em Leiden em setembro. 

Apesar da relativa falta de corridas internacionais, a intensidade nesta disciplina não foi muito comprometida. 70 homens - incluindo 35 do Quênia e 22 do Japão - registraram tempos abaixo de 28 minutos em 2020, apenas um a menos do que em 2019. 

Corrida de obstáculos feminina

Foi um ano relativamente calmo para a corrida de obstáculos das mulheres com as reuniões do Tour Continental em Berlim e Nairóbi, apresentando as duas corridas internacionais de importância. 

A campeã mundial Beatrice Chepkoech fez um tempo rápido em Berlim e estava em num ritmo na metade da prova para menos de nove minutos. Tendo perdido muitos treinos este ano, no entanto, Chepkoech cansou no final e foi ultrapassadoa por Hyvin Kiyeng, que acabou vencendo por quatro segundos, 9:06.14 a 9:10.07.

Chepkoech se vingou algumas semanas depois em Nairóbi, onde estava com controle total do início ao fim e derrotou Kiyeng por quase cinco segundos. 

As medalhistas mundiais Emma Coburn e Gesa Felicitas Krause, como a maioria das outras corredoras de steeplechaser de elite, tiraram o ano do evento. 

Corrida de obstáculos masculina

Esta temporada foi curta para a corrida de obstáculos masculina, com apenas uma corrida verdadeiramente rápida. 

Em Mônaco, em agosto, o medalhista mundial de bronze Soufiane El Bakkali emergiu como o vencedor com o top mundial do ano de 8:08.04 em sua única corrida com obstáculos da temporada. O adolescente queniano Leonard Bett foi o segundo em 8:08.78, logo após sua melhor marca pessoal do ano passado. 

O quinto lugar do Campeonato Mundial Djilali Bedarani, da França, registrou 8:13,43 como o melhor da temporada para o terceiro lugar, enquanto o medalhista de prata europeu Fernando Carro foi quarto com 8:13,45. O quatro vezes finalista do Campeonato Mundial do Canadá, Matt Hughes, foi o quinto em 8:16,25 e Topi Raitanen tirou quase cinco segundos de sua marca pessoal com 8:16,57. 

Mirko Jalava (modalidades masculinas) e A. Lennart Julin (modalidades femininas) para o atletismo mundial.

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