sábado, 13 de março de 2021

Dale Greig, a primeira maratonista reconhecida oficialmente pela Federação Internacional de Atletismo

http://42kpelomundo.com.br/blog/dale-greig-a-primeira-maratonista-reconhecida-oficialmente-pela-federacao-internacional-de-atletismo/


Dale Greig nasceu em 15 de maio de 1937  e faleceu em 12 de maio de 2019.

Ela era uma fundista escocesa e foi a primeira mulher reconhecida pela  Associação Internacional de Federações de Atletismo como maratonista, pois ela concluiu uma prova com circuito certificado pela Associação de Atletismo.

Dale correu com sapatilhas de ginástica, pois não era profissional, ela era secretária e treinava corrida nos seus horários vagos.

Essa maratona aconteceu em 23 de maio de 1964, quando Dale tinha 27 anos, ela completou a prova com o tempo de 3h27min45seg.

A grande façanha de Dale nos idos de 64 foi ser a primeira mulher a quebrar o tempo limite de 3h30min para a maratona.

Dale ficou dona do recorde mundial feminino por 3 meses, até que Mildred Sampson estabeleceu uma nova marca.

No evento, o tempo estava muito quente, e Dale foi ultrapassando vários atletas do sexo masculino ao longo do percurso… ela mesma não estava compreendendo direito o que acontecia, pois os homens pareciam extremamente envergonhados quando ela os ultrapassava.

Depois Dale entendeu que o calor estava influenciando de forma menos rígida no desempenho dela.

Esse resultado foi obtido a prova da Maratona de Isle of Wight, onde ela foi seguida ao longo do percurso por uma ambulância.

O preconceito dos organizadores e da federação eram tão fortes, que acreditavam que ela sucumbiria no meio da prova e deixaram uma ambulância na sua cola para que ela fosse atendida com rapidez.


Dale com o número de peito 524

Outras conquistas

Ela também foi a primeira mulher a disputar uma prova de 88 quilômetros, de Londres para Brighton em 8h30min, no ano de 1972.

Nesse evento, apenas 7 competidoras do sexo feminino foram aceitas no evento.

Em 1974, aos 37 anos, ela venceu a 1ª Maratona Internacional de Campeonatos para Mulheres, no Mundial de Veteranos em Paris.

Ela foi vice-campeã pelo título nacional sênior de 880 jardas em 1956, foi a primeira mulher a percorrer o montanhoso TT da Ilha de Man TT e a primeiro a subir e descer Ben Nevis (a montanha mais alta da Grã-Bretanha a 1345 metros).

Fatos curiosos

  • Ao completar os 88 quilômetros em 1972,  o Ryde Club, organizador do evento, recebeu uma carta contundente dos ingleses Southern Counties AAA, advertindo que não deve haver repetição desse fato, de uma mulher competir e terminar a prova, “pois a publicidade resultante não é boa para o esporte”.
  • Greig não recebeu nada por seu pioneirismo, mas abriu o caminho para outras atletas mulheres .
  • Ela sempre afirmou: “Não tenho inveja. Corremos apenas pela diversão. Eu nunca ganhei um centavo e tinha orgulho de ser amadora. Isso não quer dizer que eu não gostaria de ganhar a vida como corredora, mas foi assim e agora, quando vejo o mundo dos atletas profissionais, vejo como é completamente diferente”.
  • Ela sempre é homenageada  pela Maratona de Londres, por seu pioneirismo e história.
  • Embora a histórica história de Kathrine Switzer em 1967 na Maratona de Boston seja mais conhecida, uma jovem escocesa chamada Dale Greig definiu a primeira conquista mundial de maratonas femininas na Maratona da Ilha de Wight três anos antes.



ATLETISMO

Um salto de fé: Keila Costa concilia rotina de gestora com sonho de disputar quinta Olimpíada 

Por William Tavares

https://www.folhape.com.br/esportes/um-salto-de-fe-keila-costa-concilia-rotina-de-gestora-com-sonho-de/176082/


Atleta pernambucana pode se tornar a primeira brasileira do atletismo a atingir a marca esportiva, em meio à missão de comandar a pasta de Esportes da Prefeitura de Abreu e Lima

Um salto de fé pode ser motivado por um sonho, sem a garantia do que estará do outro lado. Sair do chão, mesmo que por poucos segundos, para pousar em outro, menos duro e o mais longe possível do ponto inicial. Um salto de fé também é se arriscar em outro lugar. Desconhecido, mas a ser desbravado por meio da crença de que é possível atingir o inesperado. Especialista no salto em distância e salto triplo, a pernambucana Keila Costa sonha em ser a primeira atleta da modalidade no Brasil a disputar cinco Olimpíadas. Tudo isso dividindo o tempo entre os treinamentos no Parque e Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, com o de secretária municipal de Esportes, na cidade de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Obter o feito histórico no esporte, conciliando com a vida de gestora, é o desafio de Keila. O mais novo salto de fé.

Keila e atletismo se conheceram ainda na infância. "Comecei na escola, nas aulas de educação física, com 10 anos. Depois, com 14, entrei em um projeto social, mas não imaginava ser uma atleta olímpica. Quando comecei a participar de competições de nível Norte/Nordeste, ganhando medalha, percebi que poderia viver disso”, contou. 

Ao longo das quase três décadas no esporte, Keila atingiu marcas importantes. Foi bronze no salto em distância no Mundial de Doha (2010) e prata no salto triplo nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e no Rio-2007, além de ter ficado no segundo lugar mais alto do pódio no salto em distância no Pan realizado no Brasil. Em Jogos Olímpicos, já são quatro participações: Atenas-2004, Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016. A quinta Olimpíada, feito inédito para um atleta do País na modalidade, é o principal objetivo em 2021.

Medalhista de ouro no Norte/Nordeste de Atletismo e prata no GP Brasil e no Troféu Brasil, a saltadora precisa atingir os índices estabelecidos para garantir vaga nos Jogos ( 6m82 para o salto em distância e 14m30 para o salto triplo). “Salto em distância é mais difícil. Minha melhor marca até hoje foi 6,88m. No salto triplo eu tenho mais chances. Parei um tempo por conta de lesões e cheguei até a mudar a perna de salto para continuar competindo. Na pandemia, como tirei os impactos, naturalmente eu fiquei boa, diminuindo as dores. Com as marcas que fiz no Troféu Brasil, tenho mais chance no salto triplo”, explicou.

“Quero mostrar que é possível, com dedicação, disputar cinco Olimpíadas. Estou me esforçando para ir, mesmo sabendo que hoje é mais difícil conseguir a vaga. Tem menina com 27 anos achando que não dá mais. Eu tenho 38 e quero mostrar que tem como. Dói (treinar)? Sim, até o cabelo, mas você pode abrir mão de outras coisas para conquistar o objetivo”, completou.


A rotina de treinos para os Jogos de Tóquio precisou ser alterada no começo do ano. Agora, ao pesquisar o nome “Keila Costa” na internet, além de resultados sobre as conquistas no atletismo, também estarão informações sobre a Secretaria de Esportes de Abreu e Lima. A atleta assumiu a pasta sonhando em deixar um legado aos mais jovens.

"Sempre treinei pela manhã e tarde, mas agora tenho que conciliar com a secretaria. Fico pela manhã aqui na cidade e treino tarde/noite no Santos Dumont. Eu aceitei o cargo com o objetivo de mostrar para as meninas que é possível enfrentar o que enfrentei e sonhar com algo mais. Pretendo colocar trabalhos em prática para que os jovens atletas tenham oportunidades que não tive quando mais nova. Quero que as crianças vejam o esporte como um caminho para mudar de vida”, frisou.

Além dos objetivos esportivos e administrativos, Keila também projeta outro, mas no lado pessoal.  “A maioria das mulheres sonha em ser mãe. Nunca foi minha prioridade porque eu estava tão focada em ser atleta que isso acabou passando despercebido. Conheço meninas que tinham vontade, mas existia o medo de como seria o retorno ao esporte. Mas também sei de atletas que voltaram ainda mais fortes. Mesmo assim, eu sei que é difícil porque nem todos podem ter alguém ajudando a cuidar da criança enquanto estão treinando. E se você não retorna bem, pode perder apoio do clube. Mas agora eu sinto essa vontade. Já sou uma tia 'babona' com os filhos das minhas irmãs", brincou, projetando um terceiro “salto de fé” na vida.

Porto Nacional realiza a 28ª edição da corrida Inclusiva do Trabalhador

  Corrida acontecerá no dia 1° de maio com saída do setor Jardim Querido e reunirá 250 atletas Por: Kaline Lima/Secom de Porto Nacional Foto...