quarta-feira, 26 de julho de 2023

Hoje na história: 26 de julho de 1983 - Jarmila Kratochvilova estabelece nova marca mundial com 1:53.28



A tcheca Jarmila Kratochvilova é dona do recorde mundial dos 800m feminino desde 1983 (Reprodução/Eurosport)

Um dia como hoje, dia 26 de Julio de 1983 a tchecoslovaca Jarmila Kratochvilova estabeleceu nova marca mundial, com 1:53.28, recorde que dura até hoje,  vencendo o primeiro mundial em Helsinque. Mas por conta do boicote, ela não competiu em Los Angeles-1984, onde a vitória foi para a romena Doina Melinte, com 1:57.60.

Histórico dos 800 metros femininos 

Os 800m femininos tiveram sua estreia olímpica em Amsterdã-1928, os primeiros jogos com disputa das mulheres no atletismo. 25 mulheres competiram e a primeira vitória ficou com a alemã Lina Radke, com 2:16.8. Uma das pioneiras do atletismo feminino, ela quebrou o recorde mundial três vezes, sendo a última na final olímpica.

Depois disso, a prova saiu do programa olímpico e só voltou em Roma-1960. O ouro ficou com a soviética Lyudmila Lysenko com 2:04.50, mais um recorde mundial. 

britânica Ann Packer havia ficado com a prata nos 400 m em Tóquio-1964 e viu seu noivo, Robbie Brightwell, terminar sem medalha, em 4º, também nos 400 m. Ela decidiu correr os 800m por ele, uma prova que só tinha feito cinco vezes antes dos Jogos. Na primeira rodada, pegou a última vaga da sua bateria pra semi, onde ficou em 3º na sua prova e avançou para a final. Na marca de 600 m, Packer estava em 6º e com um sprint final, passou a francesa Maryvonne Dupureur para ficar com o ouro com recorde mundial de 2:01.1.

alemã ocidental Hildegard Falck havia se tornado a primeira mulher a baixar da marca de dois minutos na prova em 1971. Ela chegou em Munique-1972 para competir em casa como a grande favorita e não decepcionou. Ela largou mais lenta que as adversárias, se segurando. Com 500 m de prova, começou a acelerar, mas ficou atrás de três atletas. Na última curva, passou todas e cruzou em primeiro com 1:58.55, a primeira a baixar dos 2 min nos Jogos. As cinco primeiras, aliás, baixaram da marca.

Os tempos despencaram em Montreal-1976 e já teve tempos abaixo dos 2min logo na primeira rodada. A alemã oriental Anita Weiss marcou o excelente tempo de 1:56.53 na semi, mas na final, nem pegou medalha. O ouro foi da soviética Tatyana Kazankina com 1:54.94, mais um recorde mundial. Ela venceria alguns dias depois também os 1.500 m. Em casa, as soviéticas dominaram o pódio de Moscou-1980, com vitória de Nadezhda Olizarenko. Ela havia quebrado o recorde mundial no mês anterior aos Jogos, também em Moscou, e na final olímpica venceu com 1:53.5, mais um recorde mundial.

Em 1983, a tchecoslovaca Jarmila Kratochvilova estabeleceu nova marca mundial, com 1:53.28, recorde que dura até hoje, e venceu o primeiro mundial em Helsinque. Mas por conta do boicote, ela não competiu em Los Angeles-1984, onde a vitória foi para a romena Doina Melinte, com 1:57.60.

Campeã mundial em 1987, a alemã oriental Sigrun Wodars repetiu o feito em Seul-1988 com 1:56.10. Já em Barcelona-1992, o ouro ficou com a holandesa Ellen van Langen, a primeira de seu país nas pistas desde 1948. Em uma fortíssima decisão, van Langen marcou 1:55.54 para ficar com o ouro.

A cubana Ana Fidelia Quirot foi campeã mundial em 1995, mas perdeu a final de Atlanta-1996 para a russa Svetlana Masterkova, campeã com 1:57.73.

Bronze em Atlanta, a moçambicana Maria de Lurdes Mutola é um dos maiores nomes da história da prova. Ela venceu o Mundial pela primeira vez em 1993 e brilhou em Sydney-2000 conquistando o primeiro e até hoje único ouro de seu país na história dos Jogos, com 1:56.15. Mutola venceu os Mundiais de 2001 e 2003 e faturou os 800 m no Mundial indoor por inigualáveis sete vezes, a primeira delas em 1993 e a última em 2006. Encerrou sua carreira com o 5º lugar nos Jogos de Pequim-2008.

A queniana Pamela Jelimo teve uma carreira curta, cheia de lesões, mas deixou sua marca na história. Aos 17 anos, ela teve um ano de 2008 incrível, quando venceu tudo em que competiu. Foi ouro no campeonato africano, venceu todas as seis provas da Liga de Ouro e foi ouro em Pequim-2008, o primeiro ouro feminino da história do Quênia.

vitória em solo chinês foi com o tempo de 1:54.82, 8º tempo da história na época. 11 dias depois, Jelimo venceria a etapa de Zurique da Liga de Ouro com 1:54.01, o 3º melhor tempo da história. Com problemas no tendão de Aquiles, não terminou a semifinal do Mundial de 2009. Voltou em 2012, com o ouro no Mundial indoor e em Londres-2012 ficou na 4ª colocação, mas com a desclassificação posterior da russa Mariya Savinova, herdou o bronze.

Logo após Pequim, surge o nome da sul-africana Caster Semenya. Ela venceu os Mundiais de Berlim-2009 e de Daegu-2011 e era a favorita para vencer em Londres-2012. O ouro na ocasião com 1:56.19 foi da russa Mariya Savinova, que acabou perdendo a medalha por doping e Semenya herdou o ouro com 1:57.23. Semenya é intersex com cromossomos XY e possui níveis de testosterona naturalmente altos, o que a coloca no meio da discussão sobre gênero no esporte.

Na Rio-2016, Semenya foi ouro com 1:55.28 se tornando a única da história com dois ouros na prova, apesar de só ter vencido na pista uma vez. A sul-africana ainda venceu o Mundial de 2017 em Londres, conquistou dois ouros nos Jogos da Comunidade Britânica em 2018 e dois ouros no campeonato africano. Em 2019, a Federação Internacional mudou as regras sobre testosterona, o que impede Semenya de competir nos 400 m, 800 m e 1.500 m.

Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/toquio-2020/jogos-olimpicos/atletismo/800m-feminino/

Rei do salto em altura Javier Sotomayor mantém coroa após 30 anos


 

Por Nelson Acosta

Reuters

HAVANA (Reuters) - Recordes são feitos para serem quebrados, disse o rei do salto em altura e ídolo internacional Javier Sotomayor, sorrindo, com óculos escuros enquanto o forte sol do Caribe batia no Estádio Pan-Americano de Havana.

Aos 55 anos, no entanto, o esguio cubano está comemorando a terceira década em que seu salto recorde de 2,45 metros alcançado em competição outdoor em Salamanca, na Espanha, em 1993, permanece inigualável.

Incluindo seu recorde mundial indoor anterior de 2,43m em Budapeste cinco anos antes, Sotomayor contabiliza 35 anos como detentor do recorde mundial, embora o título outdoor sensível ao clima tenha mais peso internacionalmente.

Embora seu recorde esteja em vigor desde Salamanca, não foi por falta de rivais na esperança de arrebatar sua coroa.

"Havia uma competição muito forte entre nós em todas as etapas", disse Sotomayor em entrevista à Reuters. "Eles foram os culpados pelo meu salto de 2,45 metros."

Os culpados incluem o sueco Patrik Sjoberg, que já estabeleceu o recorde mundial com 2,42m, assim como o atleta do Cazaquistão Igor Paklin e o norte-americano Charles Austin, com recordes pessoais de 2,41m e 2,40m, respectivamente.

"Hoje com 2,33 ou 2,34 metros você é medalhista de ouro e medalhista em qualquer competição, seja mundial ou olímpica", disse Sotomayor.

Ainda assim, dois atletas mais jovens ameaçaram sua marca: o catariano Mutaz Essa Barshim com salto de 2,43m em Bruxelas e o ucraniano Bogdan Bondarenko, que saltou 2,42m em Nova York - ambos em 2014, há quase uma década.

Agora secretário da federação de atletismo de Cuba, Sotomayor também aconselha seu filho Jaxier, que saltou 1,99m na Espanha aos 15 anos, e organiza um evento anual de salto em altura infantil em homenagem a seu falecido técnico, José Godoy.

"Sinto-me muito feliz e orgulhoso por ainda ter a glória de ser o recordista mundial depois de tantos anos", afirmou Sotomayor. "Eu vou viver com esse orgulho, e ele vai continuar mesmo depois que alguém me superar."

Renato Augusto mostra a Luciano que clássico na Arena só acaba quando termina

 


Craque corintiano comemora gol da vitória contra o São Paulo
Foto: Renato Gizzi/Photo Premium/Gazeta Press

Ex-Corinthians, atacante do São Paulo provocou torcida ao empatar o jogo, mas quem comemorou por último foram os detentores do tabu

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São 18 jogos na casa do rival, e o São Paulo segue sem vencer em Itaquera. Mas, em determinado momento do primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, houve quem acreditasse que a escrita poderia ser quebrada na noite desta terça-feira. Um deles, Luciano, que se empolgou ao comemorar o gol de empate, chutou a bandeirinha com o escudo de seu ex-clube e se encheu de confiança para buscar a virada.

Porém, Luciano, que levou o terceiro cartão amarelo pelo excesso na comemoração e está fora do jogo de volta, se esqueceu que um tabu é um tabu, ainda mais diante do maior rival. E que, quando há do outro lado um jogador com a estrela e qualidade de Renato Augusto, qualquer provocação antes do apito final merece ser contida, embora a atuação do São Paulo tenha gerado motivos para otimismo.

No primeiro tempo, superioridade dos visitantes, que tiveram mais a bola e rapidamente controlaram as ações. Porém, aos 25 minutos, com a saída de Calleri, substituído por Juan após sentir um problema na coxa, o tricolor baixou o ritmo. E aos poucos o Corinthians tentava equilibrar. Renato Augusto criou a melhor oportunidade para os donos da casa, girando e batendo de fora da área. Rafael espalmou.

Com um 0 a 0 de escassas emoções na etapa inicial, o Corinthians voltou diferente do intervalo. Adson no lugar de Ruan, aposta que não conseguiu preencher o meio-campo desfalcado de Matías Rojas. Não demorou para a mexida de Vanderlei Luxemburgo surtir efeito.

Logo aos 2 minutos, Adson trabalhou a bola pela direita com Maycon, que passou passou para Renato Augusto acertar o cantinho de Rafael de fora da área. O troco são-paulino foi praticamente instantâneo. Luciano empatou também em chute colocado da intermediária, que contou com desvio na trave e no pé esquerdo de Cássio.

De novo com as rédeas da partida, o São Paulo ensaiava a virada e parecia disposto a quebrar o indigesto tabu na Arena do Corinthians. Parecia, porque o time alvinegro tem não só o trunfo do apoio da Fiel, que bateu o recorde de público do estádio (46.965 presentes), mas também a cartada chamada Renato Augusto.

Além de ter sido o primeiro a repreender Luciano pela provocação à torcida, ele chamou a responsabilidade durante toda a partida, sobretudo quando a equipe apresentava dificuldades para neutralizar o adversário.

O craque corintiano recebeu lançamento precioso de Murillo, nas costas de Caio Paulista, e fuzilou de bico para o gol. Depois de atuar por mais de 70 minutos contra o Bahia, no sábado, o meia saiu ovacionado do clássico aos 44 minutos. Em boas condições físicas, muda radicalmente o patamar do Corinthians, que, mesmo numa temporada acidentada, abre vantagem em busca da segunda final seguida de Copa do Brasil.

Para o São Paulo, mais do que a persistência do tabu, fica o lamento por não ter aproveitado melhor seus momentos de domínio no jogo. E por ter se perdido ao sofrer o segundo gol, a ponto de Dorival Júnior sacar Rodrigo Nestor vinte minutos depois de colocá-lo em campo.

Fica também a lição: não se provoca um rival antes do jogo acabar num estádio onde nunca o venceu. A bola pune, principalmente se encontrar os pés de Renato Augusto entrando livre nas costas da defesa.

Porto Nacional realiza a 28ª edição da corrida Inclusiva do Trabalhador

  Corrida acontecerá no dia 1° de maio com saída do setor Jardim Querido e reunirá 250 atletas Por: Kaline Lima/Secom de Porto Nacional Foto...