https://www.terra.com.br/esportes/atletismo/corrida-de-rua/belay-bezabh-repete-2018-e-e-bicampeao-da-sao-silvestre,e8d80a00af25f80b9aaf676fb4ad8cbdjetlv9p5.html
Etíope adotou um ritmo bastante intenso para deixar para trás todos os seus concorrentes; Daniel Ferreira terminou em segundo
Belay Bezabh manteve a hegemonia africana na Corrida Internacional de São Silvestre. Nesta sexta-feira, o etíope adotou um ritmo bastante intenso para deixar para trás todos os seus concorrentes e se sagrar bicampeão da maior prova de rua da América Latina, repetindo o roteiro de 2018, quando venceu pela primeira vez.
Belay Bezabh dividiu os últimos metros da prova com Daniel Ferreira. O brasileiro esteve lado a lado com o etíope até a Av. Brigadeiro Luis Antônio, quando acabou perdendo gás e vendo as chances de colocar seu país no lugar mais alto do pódio ir por água abaixo. Todavia, o atleta conseguiu cruzar a linha de chegada na segunda colocação.
O bom desempenho de Daniel Ferreira na 96ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre tem influência da preparação que o atleta fez no Quênia. No país africano, o brasileiro treinou com os melhores fundistas do mundo e pôde adquirir um pouco da experiência e técnica dos principais corredores do mundo.
Logo nos primeiros quilômetros, Daniel assumiu a frente do pelotão e manteve um ritmo intenso desde o fim da Av. Paulista até a Av. Pacaembu. Mas, diferentemente da prova feminina, na masculina os corredores competiram de forma mais agrupada, sem deixar seus rivais abrirem uma distância considerável.
Daniel e Belay Bezabh só conseguiram se distanciar do restante do pelotão na segunda metade da prova. A partir daí, a disputa se concentrou entre o brasileiro e o etíope, mas, nos metros finais, prevaleceu a força do estrangeiro.
No feminino Sandrafelis Tuei conquista a São Silvestre de ponta a ponta
Queniana repetiu o feito de 2018; a 2ª colocação ficou com a etíope Yenenesh Dinkesa, enquanto a brasileira Jenifer do Nascimento foi 3ª
A corrida desta sexta marcou o retorno da São Silvestre, já que a prova de rua mais tradicional da América Latina não foi realizada, devido ao estado crítico da pandemia. Nesta edição, foram adotados protocolos anticovid, como a recomendação do uso de máscaras na largada e na chegada e o limite de 20 mil inscritos.
A prova foi inicialmente disputada passo a passo por Sandrafelis e por Yenenesh, que abriram grande distância para o restante das corredoras dez minutos após a largada. No entanto, apenas a queniana manteve o ritmo a partir da metade da corrida, deixando a etíope para trás.
A prova - Na largada, quem tomou a dianteira foi a queniana Sandrafelis Tuei, que conquistou a prova em 2018. Ela foi seguida de perto pela etíope Yenenesh Dinkesa, vice-campeã da última Maratona de Paris. A brasileira Luisa Duarte também fez um bom início, mas foi ficando para trás aos poucos.
Depois dos dez primeiros minutos, Sandrafelis e Yenenesh se desgarraram e iniciaram uma disputa particular, praticamente pareadas. A temperatura amena colaborou para que as africanas mantivessem um bom ritmo do início ao final da prova.
A partir da metade do trajeto, Sandrafelis seguiu em alta velocidade, enquanto Yenenesh não conseguiu manter o passo que vinha apresentando. Assim, a queniana abriu uma grande vantagem na liderança, encaminhando a vitória com antecedência.
A temida subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio não foi um obstáculo para Sandrafelis, que não deu brecha para as suas concorrentes e mantendo uma distância de mais de 250 metros para as outras corredoras. A consagração veio no número 900 da Avenida Paulista, com o tempo de 50'06.
As brasileiras não protagonizaram a briga no pelotão de frente, mas obtiveram resultados bastante positivos nesta edição da São Silvestre. Jenifer do Nascimento terminou na terceira colocação, enquanto Valdilene dos Santos Silva e Francieli dos Santos Moura ficaram na quarta e quinta posição, respetivamente.