Juan Carley Vásquez deu a Cuba a primeira medalha de ouro no Campeonato Mundial de Atletismo Sub-20, em Nairobi, Quênia.
No
seu último arremesso o cubano Juan Carley Vázquez conseguiu a marca de 19,73 m,
suficientes para superar os 19,70 m do bielorusso Bryhi Yauheni
que liderava a prova até aquele momento. Vásquez era o segundo colocado antes do
seu arremesso final com 19,68. Na terceira colocação ficou Vogel Jephté (SUI) com
19,16 m.
Juan Carley Vázquez.Foto: Calixto N. Llanes
Shanier Rengifo Montoya foi terceiro colocado na prova final dos 100 m masculinos, com tempo de 10,32. O vencedor da prova foi Letsile Tebogo (Botswana) com tempo de 10,19 e na segunda colocação ficou Benjamin Richardson (RSA) que correu para 10,28.
Shainer Reginfo.Foto: Calixto N. Llanes
History in the making!
Letsile Tebogo 🇧🇼 wins Botswana's first ever #WorldAthleticsU20 sprint title – and only the country's second ever 🥇 medal in the history of these championships.
🥈 for South Africa's Benjamin Richardson 🇿🇦 and 🥉 goes to Cuba's Shainer Rengifo Montoya. pic.twitter.com/H9igVXBWII
A outra medalha de bronze veio do lançamento do dardo feminino com Yiselena Ballar Rojas, com 55,48 metros. A grande vencedora da prova foi Adriana Vilagoš (Servia), com 61,46 m na sua primeira tentativa. A segunda colocação ficou com Elina Tzengko (GRE), que lançou 59,60.
Amanhã será a vez de Ronald Mencia disputar a final no lançamento do martelo. Ele se classificou para a final com 74,98 metros na sua segunda tentativa e terminar terceiro no seu grupo. Mencia tem 77,20 m como melhor marca, que o coloca na oitava colocação na lista mundial da modalidade, na sua categoria.
Ronald Mencia.Foto: Calixto N. Llanes
Finalmente a outra cubana na competição Daily Cooper foi desclassificada na prova dos 800 metros.
Shainer Rengifo Montoya, Juan Carley Vázquez e Ronald Mencia avançaram em 100 metros, o impulso da bala e o arremesso do martelo, respectivamente, depois que os três deram uma importante jornada de abertura na competição da Copa do Mundo.
Para o atletismo cubano que, há 45 anos, em Montreal-1976, não pára de subir aos pódios olímpicos, a notícia de que três nomes do futuro estão classificados na final do Campeonato Mundial Juvenil Sub-20, na cidade queniana de Nairóbi não é apenas lisonjeiro, é uma expressão de continuidade.
Shainer Rengifo Montoya, Juan Carley Vázquez e Ronald Mencia avançaram nos 100 metros, o arremesso do peso e o lançamento do martelo, respectivamente, depois que os três realizaram um importante dia de abertura na competição da Copa do Mundo.
Rengifo se superou em cada apresentação, pois nas preliminares chegou à semifinal com o tempo de 10,40. Já naquela instância, infligiu tanta fúria nas pernas que, com recorde pessoal de 10,29, conseguiu uma vaga na fase de disputa de medalhas, que será nesta quinta-feira, 19.
Shainer Reginfo. Foto: Calixto N. Llanes
Terá em Letsile Tebogo, do Botswana, que bateu um novo recorde para o seu país, ao carimbar 10,11, o rival mais experiente, a julgar pelas etapas anteriores, em que também brilhou o nigeriano Godson Oke Oghenebrume (10,22), que na semifinal foi o único que o superou.
Cuba não ganah medalha nas provas de 100 e 200 metros em provas deste tipo desde que Reynier Mena, em Donestk-2013, conquistou o bronze na prova mais rápida, com 10,37, e 20,79 nos 200 m.
O destaque do primeiro dia do Campeonato do Mundo em Nairóbi foi o trabalho do arremessador do peso Juan Carley Vázquez, que levou o implemento até 19,66 metros, para passar confortavelmente para a fase final, superando a marca mínima exigida de 19,20 m, alcançado por apenas dois outros concorrentes, de acordo com o site da compteição.
Juan Carley Vazquez. Foto: Calixto N. Llanes
Vázquez, o único dos competidores inscritos com um recorde de mais de 20 metros, foi seguido por Yauheni Bryhi (19,28) e o russo Semen Borodayev (19,22). Foram eles, junto ao cubano, os que ultrapassaram os 19 metros, pelo que se pode pensar numa luta forte pelas três posições no pódio, na final que será disputada também nesta quinta-feira e em que se encontram Vázquez e o jamaicano Kobe Lawrence os únicos que não são europeus.
Também merece destaque seu companheiro de equipe, Ronald Mencia, que conseguiu se classificar para disputar as medalhas no lançamento do martelo, com 74,98 metros na sua segunda tentativa, para terminar terceiro na ronda preliminar que classificou os 12 finalistas de amanhã. Mencia, tem marca de 77,20 m que o coloca na oitava colocação na lista mundial, foi superado pelo tcheco Jan Dolezálek, que fez um lançamento de 77,58 metros, e pelo grego Orestis Ntoisakis, autor de um lançamento de 76,25.
Ronald Mencia. Foto: Calixto N. Llanes
Como acabamos de ver na Olimpíada de Tóquio, em que os participantes no martelos, entre o 8º e 12º colocados, não ultrapassaram 77 metros, enquanto cinco dos finalistas do arremesso do peso ficaram entre 20 e 21 metros, vale esclarecer que em na categoria Sub-20, os dois implementos pesam seis quilos, enquanto na categoria adulta, como na capital japonesa, ambos pesam 7,26 quilos.
Hoje a lançadora de dardo Yiselena Ballar Rojas e Daily Cooper nos 800 m estarão em busca da glória.
Ao cruzar a linha de chegada do Estádio Kasarani, Tadese Worku jogou os braços para o ar, feliz por seguir os passos de seus ídolos.
O medalhista de prata do cross country sub-20 de 2019 desta vez levou o ouro ao dominar a final dos 3000m do Campeonato Mundial de Atletismo Sub-20 Nairóbi 21, na quarta-feira (18), liderando o 1-2 etíope.
O jovem de 19 anos, que melhorou seu PB para 7:34,75 em Szekesfehervar em julho, marcou 7:42,09 em Nairóbi para ganhar seu primeiro ouro mundial à frente de seu companheiro de equipe Ali Abdilmana, que correu um PB de 7:44,55. Habtom Samuel da Eritreia conquistou o bronze em 7:52.69, parte de uma série de performances do PB, com seu compatriota Merhawi Mebrahtu marcando 7:55,50 e Lionel Nihimbazwe, do Burundi, 8:04,07.
“Estou me sentindo bem, muito feliz porque ganhei o ouro”, disse Worku, falando por meio de um intérprete. “Parabéns ao meu país.”
Os 3000m masculinos estavam sendo disputados no Campeonato Mundial Sub-20 pela primeira vez e o grande favorito da pré-corrida Worku estava determinado a fazer história ao se tornar o campeão inaugural. Controlando a corrida, ele foi acompanhado por Abdilmana e eles correram juntos até que Worku chutou para a vitória.
“Eu me conheço, me preparei muito no meu país”, explicou Worku, que saudou as arquibancadas no caminho até a chegada e teve tempo de cair na pista para comemorar e voltar a subir antes que o medalhista de bronze Samuel chegasse ao fim da corrida. “Quando estava correndo com meus concorrentes, me testei e tentei atacar.”
Foi no Campeonato Mundial de Cross Country 2019 em Aarhus, Dinamarca, onde Worku fez sua estreia em campeonatos importantes. Naquele ano, aos 17 anos, ele correu 7:43,24 nos 3000m e 13:18,17 nos 5000m. Sob a orientação do técnico Teodros Hailu, ex-jogador de futebol e marido do bicampeão olímpico e bicampeão mundial dos 5000m da Etiópia, Meseret Defar, Worku melhorou desde então para 7:34,75 para os 3000m e 26:58,30 para 10.000m - um tempo em que terminou em quinto lugar nas eliminatórias das Olimpíadas da Etiópia em Hengelo, em junho.
Sua esperança era também competir nos Jogos de Tóquio, mas ele ficou satisfeito em ver seu compatriota, modelo e parceiro de treinamento Selemon Barega levar o título dos 10.000 metros lá.
“Meu modelo é Barega”, explicou Worku. “Nas Olimpíadas eu o vi, me senti orgulhoso e segui seus passos (vencer em Nairóbi). Eu me preparei para ser como ele. ”
Barega conquistou o título mundial Sub-20 em 2016, quando venceu os 5000m em Bydgoszcz. A lista de honra do evento também inclui vários medalhistas de ouro globais Haile Gebrselassie (1992), o bicampeão mundial de 5000m Muktar Edris (2012) e o bicampeão mundial indoor de 3000m Yomif Kejelcha (2014).
“Tenho treinado com Teodros duas vezes por dia para me manter em melhores condições”, disse Worku. “Eu estava treinando no centro de Addis Ababa e nos arredores de Addis, em lugares como Sululta e outros. Às vezes quando a gente quer treinar na cidade a gente treina na pista da academia.
“Meus parceiros de treinamento são lendas das Olimpíadas e do Campeonato Mundial”, acrescentou. "Muktar Edris, Selemon Barega. Eles são meus amigos e tenho treinado com eles.”
E agora Worku também tem uma medalha de ouro mundial, assim como eles.
