quarta-feira, 26 de julho de 2023

Renato Augusto mostra a Luciano que clássico na Arena só acaba quando termina

 


Craque corintiano comemora gol da vitória contra o São Paulo
Foto: Renato Gizzi/Photo Premium/Gazeta Press

Ex-Corinthians, atacante do São Paulo provocou torcida ao empatar o jogo, mas quem comemorou por último foram os detentores do tabu

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São 18 jogos na casa do rival, e o São Paulo segue sem vencer em Itaquera. Mas, em determinado momento do primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, houve quem acreditasse que a escrita poderia ser quebrada na noite desta terça-feira. Um deles, Luciano, que se empolgou ao comemorar o gol de empate, chutou a bandeirinha com o escudo de seu ex-clube e se encheu de confiança para buscar a virada.

Porém, Luciano, que levou o terceiro cartão amarelo pelo excesso na comemoração e está fora do jogo de volta, se esqueceu que um tabu é um tabu, ainda mais diante do maior rival. E que, quando há do outro lado um jogador com a estrela e qualidade de Renato Augusto, qualquer provocação antes do apito final merece ser contida, embora a atuação do São Paulo tenha gerado motivos para otimismo.

No primeiro tempo, superioridade dos visitantes, que tiveram mais a bola e rapidamente controlaram as ações. Porém, aos 25 minutos, com a saída de Calleri, substituído por Juan após sentir um problema na coxa, o tricolor baixou o ritmo. E aos poucos o Corinthians tentava equilibrar. Renato Augusto criou a melhor oportunidade para os donos da casa, girando e batendo de fora da área. Rafael espalmou.

Com um 0 a 0 de escassas emoções na etapa inicial, o Corinthians voltou diferente do intervalo. Adson no lugar de Ruan, aposta que não conseguiu preencher o meio-campo desfalcado de Matías Rojas. Não demorou para a mexida de Vanderlei Luxemburgo surtir efeito.

Logo aos 2 minutos, Adson trabalhou a bola pela direita com Maycon, que passou passou para Renato Augusto acertar o cantinho de Rafael de fora da área. O troco são-paulino foi praticamente instantâneo. Luciano empatou também em chute colocado da intermediária, que contou com desvio na trave e no pé esquerdo de Cássio.

De novo com as rédeas da partida, o São Paulo ensaiava a virada e parecia disposto a quebrar o indigesto tabu na Arena do Corinthians. Parecia, porque o time alvinegro tem não só o trunfo do apoio da Fiel, que bateu o recorde de público do estádio (46.965 presentes), mas também a cartada chamada Renato Augusto.

Além de ter sido o primeiro a repreender Luciano pela provocação à torcida, ele chamou a responsabilidade durante toda a partida, sobretudo quando a equipe apresentava dificuldades para neutralizar o adversário.

O craque corintiano recebeu lançamento precioso de Murillo, nas costas de Caio Paulista, e fuzilou de bico para o gol. Depois de atuar por mais de 70 minutos contra o Bahia, no sábado, o meia saiu ovacionado do clássico aos 44 minutos. Em boas condições físicas, muda radicalmente o patamar do Corinthians, que, mesmo numa temporada acidentada, abre vantagem em busca da segunda final seguida de Copa do Brasil.

Para o São Paulo, mais do que a persistência do tabu, fica o lamento por não ter aproveitado melhor seus momentos de domínio no jogo. E por ter se perdido ao sofrer o segundo gol, a ponto de Dorival Júnior sacar Rodrigo Nestor vinte minutos depois de colocá-lo em campo.

Fica também a lição: não se provoca um rival antes do jogo acabar num estádio onde nunca o venceu. A bola pune, principalmente se encontrar os pés de Renato Augusto entrando livre nas costas da defesa.

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