Corte decide deixar atletismo russo fora da Olimpíada do Rio
Corte Arbitral do Esporte (CAS) decidiu nesta quinta-feira (21) rejeitar o apelo feito pela Rússia para que seus competidores de atletismo, banidos devido a um esquema sistemático de dopagem, possam competir nos Jogos Olímpicos do Rio.
Yelena Isinbayeva é um dos destaques do atletismo da Rússia e favorita ao ouro no salto com vara.
Foto: Getty Images
A
decisão afeta 68 atletas russos, entre eles Yelena Isinbayeva, bicampeã
olímpica no salto com vara. E pode influenciar o Comitê Olímpico Internacional
(COI), que, a menos de duas semanas dos Jogos, está sob pressão para banir toda
a equipe russa das competições e já disse que levaria em conta a opinião do
tribunal em sua decisão final.
A Federação Internacional de Atletismo decidiu no mês passado
suspender todos os competidores russos de atletismo, em meio ao escândalo que
relacionou vários atletas do país a um programa de dopagem. A decisão foi
tomada após a divulgação de um relatório da Wada, a agência mundial antidoping.
Semanas
depois, em outro relatório, uma investigação da Wada encontrou indícios de um
esquema de doping patrocinado pelo Estado russo na Olimpíada de Inverno de
Sochi de 2014.
Os
especialistas, liderados pelo jurista canadense Richard McLaren, afirmaram que
o laboratório antidoping de Moscou operava para proteger os atletas russos
dopados, dentro de um sistema comandado pelo Estado.
Um
laboratório em Sochi executou um sistema de troca de amostras que permitiu a
atletas russos dopados competirem nos Jogos de Inverno de 2014. Dezenas de
atletas, incluindo 15 medalhistas, concorreram dopados, afirmou o relatório.
Segundo
a investigação, o serviço secreto russo (FSB) e o centro de treinamento de
atletas de ponta CSP tiveram participação ativa nas fraudes.
O
dirigente do Comitê Olímpico da Rússia, Alexander Zhukov, disse na quarta-feira
que o país não tem intenção de boicotar os Jogos em protesto contra a maneira
como o escândalo de doping está sendo tratado. Segundo ele, a política não tem
lugar no esporte.
Antes
da decisão desta quinta-feira do tribunal, o Comitê Olímpico Russo havia
anunciado a intenção de levar 387 esportistas homens e mulheres ao Rio de
Janeiro.
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