O inverno chegou e com ele o tempo seco. É nessa época que a umidade relativa do ar também cai, chegando a menos de 20%. O ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, é que esse índice esteja entre 60 e 80%. Por isso, é imprescindível manter alguns cuidados com a saúde, ainda mais em tempos de pandemia, com a retomada das academias e parques públicos e a utilização das máscaras de proteção.
O médico pneumologista do Hospital Anchieta de Brasília, Daniel Boczar, ressalta que com o clima seco e a queda da umidade relativa do ar, o corpo humano pode apresentar dificuldades de adaptação, principalmente nos extremos de idade – crianças e idosos. “Estas dificuldades são relacionadas à hidratação e ao aumento da prevalência das doenças respiratórias como a rinite e a asma brônquica”, afirma.
Ele aponta que com o tempo seco também podem aparecer sintomas como a diminuição da hidratação da pele, dos olhos (irritação ocular, inchaço, lacrimejamento) e até ressecamento intestinal com o aumento do aproveitamento da água pelo intestino.
Contudo, Boczar destaca que não existe contraindicação à prática das atividades físicas no clima mais seco. O profissional de educação física, da Evolve Gymbox, Vinícius Galvão complementa que é necessário procurar ambientes com uma boa climatização e ter muito cuidado com a prática em ambientes abertos e em horários em que a umidade esteja muito baixa.
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Cuidados para treinar no inverno
Ele reforça que é preciso utilizar roupas mais leves e confortáveis; evitar horários entre as 10h e 16h; aumentar a ingestão de água durante o dia, principalmente antes, durante e após a atividade; diminuir a intensidade e duração de atividades como: caminhadas, corridas de rua e ciclismo e redobrar a atenção com os sinais do corpo e cessar a atividade diante de qualquer mal estar.
“Já sabemos que a prática de exercícios físicos proporciona inúmeros benefícios para a saúde física e mental, mas nesta época do ano, com a umidade de Brasília próximo a 20% essa prática pode não ser tão boa assim”, afirma.
Segundo Galvão, a recomendação é de que o praticante procure sempre a orientação de um Profissional de Educação Física para que ele possa elaborar um programa de treinamento seguro e eficaz. ” A prática mal orientada pode causar um processo de desidratação e problemas respiratórios, mesmo para aqueles indivíduos mais preparados fisicamente”, acrescenta.
“É de extrema importância que busquemos nos mantermos ativos nessa época seca, observando todos os cuidados e recomendações para tal prática”, finaliza.
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