Regys Silva
Faltam (novamente) 300 dias para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. E, para celebrar a data, o Comitê Olímpico do Brasil lançou neste sábado (26) uma exposição em frente a um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro: o Museu do Amanhã, na Praça Mauá, região central da cidade. Ali estão expostas diferentes versões do Ginga, mascote do Time Brasil, praticando as sete novas modalidades do programa olímpico – basquete 3x3, beisebol/softbol, ciclismo BMX freestyle, escalada esportiva, karatê, skate e surfe, –, além do letreiro #SomosTimeBrasil, que tem mais de cinco metros de largura e dois de altura.
As peças ficarão no local até 25 de outubro, e os torcedores brasileiros poderão, sem aglomeração, tirar selfies e mostrar seu apoio aos atletas que representarão o país no ano que vem, no Japão.
“Esperamos fazer essas ações até faltar um dia para o início dos Jogos. É sempre importante divulgar o esporte olímpico e marcar algumas etapas da preparação dos nossos atletas. Passamos uma mensagem importante para eles, que ficam cada vez mais focados em Tóquio. Temos que comemorar essa data”, afirmou Marco La Porta, presidente em exercício do COB e chefe da Missão Tóquio 2020, que compareceu à inauguração da mostra.
Como destaca La Porta, a iniciativa do COB visa aproximar cada vez mais a torcida brasileira do Movimento Olímpico. Neste sábado, duas atletas já classificadas para Tóquio 2020 também estiveram na Praça Mauá: a ginasta Flávia Saraiva e a surfista Silvana Lima, que não escondem a ansiedade pela chegada dos Jogos.
“A cada dia que passa, a ficha vai caindo um pouco. Mas não caiu totalmente ainda. Acho que isso só vai acontecer quando eu estiver em Tóquio, junto com o Time Brasil, sentindo a energia da nossa equipe. Nunca imaginei estar participando dos Jogos Olímpicos, então tenho que aproveitar essa chance e buscar uma medalha para o Brasil”, disse Silvana.
O esporte olímpico brasileiro tem retomado às atividades gradativamente. Em julho, o COB reabriu o CT Time Brasil e iniciou o projeto Missão Europa, permitindo que centenas de atletas voltassem a treinar com segurança. Enquanto no Rio de Janeiro foi imposto um limite de profissionais no Maria Lenk, de acordo com protocolo desenvolvido pela entidade, no exterior cerca de 200 atletas devem ser beneficiados com a ação do COB e das Confederações Olímpicas Brasileiras.
Até o momento, 16 modalidades já participaram da Missão Europa: atletismo, boxe, canoagem slalom, ciclismo BMX, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, judô, maratonas aquáticas, nado artístico, natação, taekwondo, tênis, tênis de mesa, triatlo e vela.
“Foram dois meses incríveis em Sangalhos. Tivemos uma preparação muito boa, que reacendeu a chama para os Jogos, após cinco meses em casa. Deu para voltar ao ritmo nestas oito semanas em Portugal e agora já estamos treinando a mil no Brasil”, comemorou Flávia Saraiva.
Em setembro, 100 atletas participaram da Missão Europa e muitos deles, inclusive, já disputaram suas competições desde o início da pandemia, conquistando resultados expressivos. Ana Marcela Cunha foi ouro no Ultra Swim, na Ilha da Madeira (Portugal), e prata na Travessia Capri-Nápoles (Itália); Allan do Carmo terminou em segundo lugar, também na Ilha da Madeira; já no atletismo, Tiffani Beatriz venceu os 400m no Meeting de Leiden (Holanda); e a tenista Beatriz Haddad Maia foi campeã de três torneios em três semanas em Portugal: Montemor-o-Novo, Santarém e Figueira da Foz, este último nas duplas, com Ingrid Martins.
Isso sem falar em atletas que não integram a Missão Europa neste primeiro momento, mas devem integrar o Time Brasil em Tóquio 2020. Bruno Soares (tênis) foi campeão do Aberto dos EUA; Thiago Braz (salto com vara) trouxe o bronze no Meeting de Berlim (Alemanha); Anderson Ezequiel, o Andinho (ciclismo BMX), venceu a etapa de Rock Hill do USA BMX; Pedro Veniss e Marlon Zanotelli (hipismo saltos) sagraram-se campeões de GPs em Saint-Tropez (França) e Valkenswaard (Holanda), respectivamente; e Robert Scheidt (vela) conquistou o vice-campeonato do Campeonato Italiano de Laser.
“A Missão Europa é fundamental para que nossos atletas tenham um local para treinar e participar das competições europeias. Não medimos esforços para possibilitar que nossos atletas se preparem adequadamente. E, em relação aos Jogos de Tóquio, seguimos estudando diversos cenários e ajustando o nosso planejamento, que já está pronto, para fazer uma grande campanha no Japão”, finalizou La Porta.
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