Por Eyleen Ríos López para JIT
Segunda-feira, 22 de março de 2021
Roxana Gómez, Zurian Hechavarría, Lisneidy Veitía, Rose Mary Almanza e Sahily Diago formam o grupo que vai competir na Silésia
Havana.- Cuba disputará com suas mulheres o revezamento 4x400 do Campeonato Mundial de Revezamento, a realizar-se de 1º a 2 de maio na cidade polonesa da Silésia, com participação de mais de mil atletas de 45 países já confirmados.
A notícia foi ratificada ao JIT pela comissária nacional de Atletismo Yipsi Moreno, que anunciou que Roxana Gómez, Zurian Hechavarría, Lisneidy Veitía, Rose Mary Almanza e Sahily Diago estavam oficialmente registradas.
Delas, Zurian - especialista em 400 com barreiras - e Veitía estiveram antes em uma competição deste tipo, quando faziam parte do quarteto, onde ficaram na nona colocação em Nassau 2015.
Na ocasião, Yaneisi Borlot e Daisurami Bonne completaram o quarteto para estabelecer o tempo de 3:31,43 minutos, tempo que deve ser melhor desta vez para cumprir a aspiração de chegar à final.
O tempo de 3:29,84 minutos as deixou sem acesso à final do Campeonato Mundial de Atletismo 2019 em Doha, e com 3:30,89 elas entraram em quarto lugar na linha de chegada nos Jogos Pan-americanos de Lima naquele mesmo ano.
O melhor tempo de um quarteto feminina nesse quadriênio foi conquistado nos Jogos Centro-Americanos e Caribenhos de 2018, em Barranquilla, quando com 3:28,48 minutos Zuriam, Roxana, Almanza e Gilda Casanova festejaram o ouro.
“Aproximar-se de 3:28 a 3:29 antes de deixar Cuba é o propósito que temos”, comentou o técnico Ricardo Molina, que trabalha no Estádio Pan-Americano com parte da seleção nacional.
Zurian, Roxana e Veitía estão se preparando aqui para a pré-seleção olímpica, enquanto na Guatemala Almanza e Diago buscam entrar em forma. Ambas são especialistas dos 800 metros e seguem as instruções de Francisco Ayala.
Vários especialistas concordam que se trata de uma das formações mais equilibradas dos últimos tempos, com qualidade para conseguir os tempos que vão garantir a qualificação para Tóquio 2020, mais um dos objetivos pelo que irão competir na Polónia.
Se o panorama se comportar como nas duas últimas competições mundiais, com 3:28 a 3:27 elas poderão ter chance de medalhas, pois mesmo reduzindo em poucos segundos elas podem sonhar com um pódio.
O recorde nacional data de Pequim 2008, quando Roxana Díaz, Zulia Calatayud, Susana Clement e Indira Terrero correram em 3:23,21.
As anfitriãs polonesas são as atuais rainhas do evento, já que há dois anos em Yokohama registraram 3:27,49 minutos e deixaram as americanas na prata (3:27.65) e as italianas no bronze (3:27.74).
O recorde da competição está em poder dos Estados Unidos desde 2015, quando venceram em Nassau com 3:14,39 minutos, durante a segunda edição deste tipo de competição.
Na Silésia, as medalhas serão disputadas nos revezamentos 4x100, 4x200 e 4x400 em ambos os sexos. Além disso, haverá revezamentos mistos e revezamentos com mistos com obstáculos.
Desde que esta competição foi concebida em 2014, já participaram equipes de 66 países e 11 conquistaram os prêmios de ouro, uma dispersão maior do que alguns imaginam.
É verdade que os Estados Unidos têm mais, mas Bahamas, Trinidad e Tobago, Nigéria, Brasil e agora a anfitriã Polônia também já comemoraram o pódio.
Uma das lembranças mais famosas é a vitória dos brasileiros em Yokohama 2019 com tempo de 38s05 no revezamento 4x100, especialidade reservada quase que exclusivamente para americanos ou jamaicanos.
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