Caio Bonfim já estava classificado para os Jogos Olímpicos, mas, na chegada da marcha atlética de 20.000 m no Torneio Cidade de Bragança Paulista de atletismo, ele gritou, ajoelhou e agradeceu! O motivo da festa? Ele fez o melhor tempo da vida com a marca de 1h20min13s68 e estabeleceu novo sul-americano da prova, que pertencia pertencia ao equatoriano Cristian Chocho, com 1h20min23s80. De quebra, Matheus Correa, catarinense de 21 anos, veio no embalo e conquistou o índice para Tóquio com a marca de 1h20min49s13. A marca também é o novo recorde brasileiro e sul-americano sub-23. Lucas Mazzo (CASO) foi o terceiro colocado (1.24.15.95).
Matheus Correa (AABLU), catarinense de Blumenau, de 21 anos, disse que não estava esperando fazer o índice olímpico, mas sim obter uma boa marca para somar pontos no ranking da World Athletics. “Mas arrisquei, fui junto com o Caio Bonfim que me falou, quando chegamos nos 10.000 m, que se eu passasse para 1.36 por volta no restante da prova daria o índice olímpico. Ficou difícil no final, mas vi que estava perto, que era possível e fui pra cima”, disse Matheus, que treina com Ivo da Silva. “É um alívio e agora vou focar na Olimpíada, o que eu nem imaginava que poderia fazer a partir de hoje.”
"O recorde brasileiro de pista era meu. Temos poucas provas de pista e esta foi uma oportunidade de ouro! Eu fiz 1.20.58 em 2011, eu tinha 20 aninhos e agora, dez anos depois e com 30 anos, é bom mostrar que continuo bem. Estou muito feliz. Quando eu fiz esse recorde brasileiro ele também foi sul-americano, mas o Chocho – que é marido da Érica Sena e um ícone na marcha – chegou na frente e ficou com ele. E hoje poder fazer essa marca e entrar para a história da marcha sul-americana me deixa muito feliz”, disse Caio Bonfim.
E reforçou que “a prova valeu muito” porque a marcha atlética teve muitas competições canceladas, como as de Portugal e República Checa – a de La Coruña está mantida, até o momento -, e ele queria aproveitar todas as oportunidades para competir antes da Copa Pan-Americana de Marcha em Guayaquil, Equador, dias 8 e 9 de maio.
“Já agradeci ao presidente da CBAt (Wlamir Motta Campos) que nos deu a oportunidade e agradeço a todos os envolvidos porque essa prova não estava no calendário. Estou muito feliz. Agradeço a Deus, a minha família, ao meu filho Miguel, a minha esposa Juliana, que está com o bebê 2 na barriga, e já estou com saudades da rotina de pai”, disse Caio Bonfim, que viaja nesta segunda-feira (26/4) para Guayaquil, Equador, com a seleção brasileira – o governo equatoriano exigiu que os brasileiros chegassem ao país com dez dias de antecedência por causa da COVID-19.
Matheus Correa (AABLU), catarinense de Blumenau, de 21 anos, disse que não estava esperando fazer o índice olímpico, mas sim obter uma boa marca para somar pontos no ranking da World Athletics. “Mas arrisquei, fui junto com o Caio que me falou, quando chegamos nos 10.000 m, que se eu passasse para 1.36 por volta no restante da prova daria o índice olímpico. Ficou difícil no final, mas vi que estava perto, que era possível e fui pra cima”, disse Matheus, que treina com Ivo da Silva. “É um alívio e agora vou focar na Olimpíada, o que eu nem imaginava que poderia fazer a partir de hoje.”
Pedro Honório Nascimento, presidente da AABLU, destacou a falta de ritmo de competição que os atletas enfrentam com a pandemia. “Tínhamos a expectativa do índice ou da classificação pelo ranking, mas hoje tudo ajudou – prova bem organizada, o clima, a hidratação… “
Gabriela Muniz (CASO), de 18 anos, foi a primeira na prova dos 20.000 m da marcha atlética com 1:35.02.6, seguida por Viviane Lyra (AEFV), com 1:35.29.8, e Por Elianay Santana Barbosa (CASO), com 1:39.45.0. Gabi obteve o recorde brasileiro adulto e sub-23 (a marca anterior era de Cisiane Dutra Lopes, com 1:35.49.6, feita em Buenos Aires, Argentina, em 2011), o recorde brasileiro dos 10.000 m, com 47:33.5, e ainda ratificou o índice para o Mundial Sub-20 de Nairóbi, no Quênia, na distância.
"Fiquei muito feliz. Eu estava fazendo treinos excelentes nas últimas semanas, com a professora Gia (Gianetti Senna Bonfim), o Caio, o grupo todo e esperava melhorar a minha marca. E minha expectativa para a Copa de Marcha é muito boa. A parcial dos 10.000 m na prova me deu mais confiança porque fiz minha melhor marca”, afirmou Gabriela Muniz, que também embarca com o grupo brasileiro para Guayaquil nesta segunda-feira.
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