AUTOR: ALFONSO NACIANCENO 15 DE AGOSTO DE 2021 10:08:08
Se antes de iniciar os Jogos Olímpicos de Tóquio não havia dúvidas de que a venezuelana Yulimar Rojas seria a estrela do evento, principalmente com seu recorde olímpico de 15,41 metros no salto triplo, o atletismo latino-americano teve outros atletas com performances deslumbrantes.
Três cubanos figuram na lista desses homens e mulheres da América Latina e, portanto, surgem entre a nata de nossa região, não só por seus resultados, mas também por dedicação e sacrifício.
Yulimar Rojas: Venezuela - salto triplo
Com o ouro no bolso da primeira tentativa (15,41 m, recorde olímpico), Yulimar Rojas enfrentou a história.
A atleta venezuelana pairava havia meses os 15,50 metros da Inessa Kravets, recorde que vigorava dois meses antes de seu nascimento (agosto de 1995). E na última tentativa de teste, quando finalmente conseguiu encaixar a última batida da tábua, ela decolou. “O último salto é um salto para dar tudo e foi assim”, disse: 15,67 metros, recorde mundial e ouro olímpico.
Jasmine Camacho-Quinn: Porto Rico - 100 metros com barreiras
Cinco anos depois de se despedir em lágrimas do Rio-2016, devido a um tropeço nos 100 metros com barreiras, Camacho-Quinn se redimiu e competiu em grande estilo em Tóquio-2020. A atleta porto-riquenha, que venceu todas as competições que disputou em 2021, quebrou o recorde olímpico nas semifinais (12,26 segundos) e levou o ouro na final.
Anthony Zambrano: Colômbia - 400 m
Zambrano chegou a Tóquio-2020 como um dos homens mais rápidos do mundo, uma das possibilidades de medalhas mais fortes entre os atletas latino-americanos, e não decepcionou. O colombiano, vice-campeão mundial dos 400 metros na Copa do Mundo 2019, repetiu o feito nos Jogos Olímpicos.
Zambrano, que havia avisado na semifinal batendo o recorde sul-americano, ficou com a prata com o tempo de 44,08 segundos, atrás apenas de Steven Gardiner (Bahamas). "Você lustra um diamante bruto até que ele brilhe", disse ele em uma entrevista um ano antes. No estádio olímpico ele brilhou mais do que nunca.
Juan Miguel Echevarría e Maykel Massó: Cuba - salto em distância
Parecia que Juan Miguel Echevarría tinha o ouro assegurado na final do salto em distância masculino até que, na última tentativa, o grego Miltiadis Tentoglou igualou a marca dele de 8,41 metros. O empate implicava que a vitória seria decidida com o segundo melhor salto e não havia dúvida: todas as tentativas válidas do helênico superaram o segundo resultado do cubano, que finalmente levou a prata.
No entanto, ao completar 23 anos, Echevarría mostra um histórico invejável: campeão mundial indoor (2018), campeão nos Jogos Pan-americanos (2019), bronze mundial outdoor (2019) e esta prata olímpica. E por trás já aparece Maykel Massó, um ano mais jovem, que apesar de ter feito apenas duas tentativas devido a lesão, levou o bronze, com 8,21 metros.
Marileidy Paulino: República Dominicana - 400 m
Há apenas um ano, Marileidy Paulino começou a se concentrar exclusivamente na prova de 400 metros, e os resultados em Tokyo-2020 não poderiam ser melhores. A velocista, que participou das provas de 100 e 200 metros do Campeonato Mundial de Atletismo 2019, sai como a primeira atleta dominicana a conquistar duas medalhas olímpicas nos mesmos Jogos.
Paulino fez parte do novo revezamento misto 4x400, que conquistou a prata ao vencer os Estados Unidos na linha de chegada, e depois venceu a lendária Allyson Felix para conquistar a prata, também nos 400 metros femininos, atrás apenas de Miller-Uibo, campeã em Rio-2016.
Sandra Arenas: Colômbia - Marcha Atlética de 20 km
A atleta colombiana chegou em forma em Tóquio-2020. Ela já havia dado um aviso em seu último teste de preparação, o Troféu Sergio Vázquez, onde havia vencido rivais que estariam posteriormente nos Jogos Olímpicos. E no Parque Odori, em Sapporo, ela confirmou os bons sentimentos, levando a medalha de prata.
Foram os terceiros Jogos Olímpicos de Arenas, que foram 30 em Londres-2012 e 32 no Rio-2016. Nesse ciclo olímpico, ela conquistou o ouro nos Jogos Pan-americanos de 2019 e foi a quinta nas Copas do Mundo de 2017 e 2019. A cereja do bolo veio do Japão.
Yaimé Pérez: Cuba - Lançamento do Disco
Yaimé Pérez chegou a Tokyo-2020 como a atual campeã mundial e número um no ranking mundial. E embora não tenha conseguido fazer jus ao status de favorita, subiu ao pódio para conquistar o bronze, a primeira medalha olímpica de sua carreira.
Pérez venceu a bicampeã olímpica Sandra Perkovic (Croácia), mas não conseguiu vencer Valarie Allman (EUA) e Kristin Pudenz (Alemanha). Porém, com o terceiro lugar ele continua sua evolução nos Jogos: em Londres-2012 não passou na classificação para os jogos; no Rio-2016 ficou em 12º lugar e em Tóquio-2020 pendurou sua primeira medalha.
Cuba lidera a América Latina nos Jogos Olímpicos
América Latina aumenta número de participantes em Tóquio 2020
Tradução de:
http://www.granma.cu/tokio-2020/2021-08-15/tres-cubanos-entre-lo-mejor-del-atletismo-latinoamericano-en-tokio-2020-15-08-2021-10-08-08
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