terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Olímpicos (39): Sjöberg, único no salto em altura com três medalhas olímpicas


 Eddy Luis Napoles


Na presente edição dos Atletas Olímpicos (39), incluem-se, o alemão Richter, detentor dos 100 metros em Montreal; o cubano Alejandro Casañas, duas vezes segundo em 110 com barreiras; o peruano Elías, atleta olímpico em Moscou; o alemão Schmidt, à sombra de Moses nos 400 m com barreiras; o húngaro Szalma, com uma longa carreira atlética; o espanhol Moracho, em alto nível; o sueco Sjöberg, o único saltador em altura com três medalhas olímpicas.

 Richter, vingança e vingança em Montreal



A alemã Annegret Richter foi a quinta em Munique, mas venceu quatro anos depois em Montreal

 

A alemã Ocidental Annegret Richter teve duas experiências olímpicas, conseguindo o título na segunda delas. Richter natural de Durtmund, Renânia do Norte (13 de outubro de 1950), deu-se a conhecer internacionalmente em 1971 nos europeus de Helsinki, ao conquistar a medalha de ouro integrando o revezamento 4×100 metros. Em 1972 participou nos Jogos Olímpicos realizados em Münich no seu país, foi quinta colocada na final dos 100 metros e ouro no revezamento 4×100 m. Durante o ciclo 1973-1976, Annegret continuou progredindo, porém seus rendimentos no a colocaram no pódio em Montreal (11.1 e 23.0), a atleta da Alemanha do Leste, Renate Stecher seguía dominando o panorama prévio à cita olímpica (11.13 e 22.44), porém em 24 de julho, ao iniciar-se as ações competitivas, nos 100 metros (F), o horizonte mudou quando Annegret fechou a primeira ronda, correndo 11.19 para vencer a exigente bateria 6, onde estiveram Stecher (11,21), Evelyn Ashford (11,25) e Deborah Wells (11,25), entre outros. Nas quartas de final mostrou seu potencial, com 11,05, o segundo melhor recorde eletrônico de todos os tempos (11,04, Ingeborg Helten) e na semifinal estabeleceu o recorde mundial, com 11,01, enquanto Stecher repetiu 11,10 (quartas de final). 

Na final, Richter começou como favorita, condição que reafirmou, ao vencer, com 11,08, atrás de Stecher (11,13), Helten (11,17) e a australiana Boyle (11,23). 

Depois de Montreal, não voltou a se destacar, conquistou o bronze na Copa do Mundo de Montreal de 1979. Sua aposentadoria ocorreu em 1980.  

 Casañas, duas vezes no pódio olímpico



O cubano Alejandro Casañas foi duas vezes prata olímpica em 110 com barreiras

 

O cubano Alejandro Casañas foi um dos melhores corredores com barreiras dos anos 70 (110 com barreiras), teve três oportunidades olímpicas, a primeira foi em Munique 1972, compromisso que chegou com apenas 18 anos, mas uma lesão o fez abandonar, enquanto corria sua série de eliminação. 

Em Montreal 1976, chegou como um dos favoritos às medalhas (Guy Drut, Willie Davenport e Charles Foster), nas semifinais fez 13s34, mas na final estaria o francês Guy Drut, um verdadeiro consagrado, que havia dominado a lista das temporadas anteriores e Montreal não foi exceção, Casañas (13,33) teve que admitir o triunfo de Drut (13,30), por apenas três centésimas. 

Para Moscou 1980, seu terceiro evento olímpico, teria um “alívio” obrigatório, com a ausência dos americanos Renaldo Nehemiah (13,21), Dedy Cooper (13,39) e Tony Campbell (13,44), devido ao boicote dos Estados Unidos, mas o alemão Thomas Munkelt (13s39) estava encarregado, agora por uma margem estreita, de deixá-lo novamente com a medalha de prata, não haveria mais outra oportunidade olímpica para Casañas, já que Cuba aderiu ao boicote soviético no evento de Los Angeles 1984. 

Casañas alcançou o recorde mundial em 1977, com 13,21 segundos, em um dia memorável para Cuba, em Sofia (21 de agosto), onde Alberto Juantorena também melhorou a primazia dos 800 metros (1:43,44), mas na temporada seguinte apareceu o americano Renaldo Nehemiah, um corredor que Casañas nunca conseguiu bater e que em 1979 bateu o recorde mundial, com 13s16 (14 de abril). 

Casañas também foi recordista mundial júnior, com 13s55, marca conseguida em Varsóvia em 28 de junho de 1972. 

Elías; olímpico em Moscou

O peruano José Luis Elías foi atleta olímpico em Moscou 1980, fez isso nos 100 metros, prova em que fez uma única corrida, oitavo da série 9, com 13,66 segundos. Nas provas bolivarianas, Elías foi medalhista de prata em La Paz 1977 (4 × 100), quinto nos 100 metros e sexto nos 200 metros. Em Barquisimeto, ficou em quarto (4 × 100) e sétimo (100 metros). Nos Jogos da ODESUR, conquistou duas medalhas em La Paz 1978, prata nos 100 metros e bronze nos 200 metros.

Schmitd, à sombra de Moses



O alemão Harald Schmidt coincidiu em seu tempo com o americano Edwin Moses, não conseguindo vencê-lo nos grandes eventos

 

O alemão Harald Schmitd teve três aparições olímpicas, mas sempre esteve à sombra de uma estrela, Edwin Moses. Em Montreal 1976 participou com apenas 19 anos e avançou para as semifinais, fase em que foi desclassificado; não pôde competir em Moscou 1980, devido ao boicote liderado pelos Estados Unidos e apoiado por vários outros países, incluindo a então Alemanha Federal. 

Em Los Angeles 1984 chegou como favorito ao segundo lugar (47,68), pois aspirar ao primeiro seria tarefa impossível, pois descontando Moses, não conseguiu evitar que Danny Harris (49,13) o relegasse ao terceiro lugar (49,19). 

Finalmente, em Seul 1988, Schmitd não estava mais entre os candidatos ao pódio, ficando em sétimo. Outros eventos em ficou atrás de Edwin Moses foram a Copa do Mundo em Dusseldorf 1977 (3) e Montreal 1979, a Copa do Mundo em Helsinque 1983 e Roma 1987 (3).

Schmitd foi o último a derrotar Moses, antes de iniciar sua sequência de 122 corridas sem perder, o evento aconteceu no ISTAF em Berlim (26 de agosto de 1977). O desempenho de Schmitd não ficou apenas enquadrado nos 400 metros com barreiras, conseguindo destacar-se nos 200 metros (20,68), 400 metros (44,92) e 800 metros (1:44,83).

 Szalma; com uma longa carreira atlética



O húngaro Laszlo Szalma conseguiu uma extensa carreira no salto em distância

 

O húngaro Laszlo Szalma não conquistou uma medalha olímpica, em três incursões neste nível, nas duas primeiras esteve entre os oito melhores, quarto em Moscou 1980 e sexto em Seul 1988, enquanto foi eliminado (7,47) em Barcelona 1992. 

Szalma marcou uma longa trajetória no salto em distância, desde que estreou, aos 19 anos, em Budapeste, em 21 de agosto de 1976, com 7,81; até sua aposentadoria, aos 35 anos, em 20 de junho de 1992 (7,91). 

Em 1977, ganhou o seu primeiro prêmio no Campeonato da Europa Indoor, com o bronze em San Sebastián, no ano seguinte conquistou o título em Milão, medalha que reeditou cinco anos depois, em Budapeste, sendo prata em Pireu 1985, Madrid 1986 e Budapeste 1988. Sua maior conquista ao mais alto nível, foi a medalha de bronze na Copa do Mundo de Camberra 1985, com 7,95, atrás de Mike Conley (8,20) e Robert Emmiyan (8,09).

Uns meses antes tinha sido quarto em Paris (indoor), colocação que repetiu no mundial de Budapest 1989 e terminando sexto en Indianapolis 1987. Sua marca pessoal foi de 8.30 metros (Budapest, 7 de julho de 1985).

Moracho, ao nível do seu momento



O espanhol Javier Moracho marcou uma época para as corridas com barreiras de seu país

 

O espanhol Javier Moracho é considerado um dos melhores corredores com barreiras de seu país, sua atuação foi enquadrada entre 1976 e 1989, período em que esteve presente em três eventos olímpicos, começando em Moscou 1980, onde foi sétimo colocado na final dos 110 com barreiras. Foi sétimo lugar; em Los Angeles 1984, ele ficou nas semifinais (13,89), depois que o canadense Jeff Glass (13,88) levou a última vaga finalista na primeira série; enquanto em Seul 1988, aos 31 anos, só conseguiu chegar às quartas de final (13,88). 

Em 1985, correndo 60 barreiras, conquistou a medalha de prata nos chamados Jogos Mundiais Indoor, realizados em Paris, o embrião do atual Campeonato Mundial Indoor 

Moracho deixou uma marca pessoal de 13,42 segundos, conquistada em Barcelona (16 de agosto de 1987), numa disputa acirrada com Carlos Sala (13s44), o outro espanhol com destaque nessa época e com quem manteve grande rivalidade. 

Sjöberg, único com três medalhas olímpicas em altura


O sueco Patrik  Sjöberg é o único saltador em altura com três medalhas Olímpicas, prata, em 1984, o bronze e, em 1988, novamente prata em 1992

 

O saltador sueco Patrik Sjöberg tem suas peculiaridades entre os saltadores em altura. Sjöberg esteve presente em três Jogos Olímpicos e em cada um deles levou uma medalha, o único a conseguir nesta prova. 

Estreou aos 19 anos em Los Angeles 1984, conquistando a medalha de prata, metal que reeditou em Barcelona 1992, enquanto em Seul 1988 ganhou o bronze, compartilhado com o então soviético Rudolf Povarnitsin, também se classificou para Atlanta 1996, mas uma lesão o deixou fora. 

Aos 18 anos, Sjöberg saltou 2,33, marca que o levou a ser incluído em primeiro nos quatro  mundiais em que participou.

Em Helsinque 1983 foi décimo primeiro, mas conquistou o título em Roma 1987. Em Tóquio 1991 foi sétimo lugar e despediu-se com o sexto lugar em Gotemburgo 1995. 

Apesar de ser um dos melhores saltadores em recintos fechados, não conseguiu vencer neste tipo de competição mundial, sendo medalhista de prata em Toronto 1993 e bronze em Budapest 1989.

Ele venceu a competição que serviu como embrião dos mundiais indoor, os Jogos Mundiais Indoor, realizados em Paris em 1985. 

Sjöberg é um dos 6 saltadores a possuir o recorde mundial, ao ar livre (2.42, Estocolmo, 30 de junho de 1987) e indoor (2.38, Berlim, 22 de fevereiro de 1985 e 2.41, Pireaus, 1° de fevereiro de 1987).

Matéria de: https://martindihigoelmejor2013.cubava.cu/2022/01/09/atletas-olimpicos-39-sjoberg-unico-en-altura-con-tres-preseas-olimpicas/

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