Rayane cruza em primeiro lugar, mas final é anulada. Brasil fecha o dia no Parapan com 12 medalhas
Gabriel Gentile - Olimpíada Todo Dia
Como esperado, o Brasil dominou mais uma dia de disputas do atletismo nos Jogos Parapan-Americanos Santiago-2023. Ao todo, foram 12 medalhas para a delegação brasileira nesta quarta-feira (22). O país conquistaria uma 13ª medalha com Rayane Soares, mas a final dos 100m rasos T13 (classe para atletas com deficiência visual) foi anulada.
A final dos 100m T13 foi marcada por uma polêmica. Inicialmente a prova foi realizada, com Rayane Soares tendo ficado em primeiro lugar. Mas no meio da prova, algumas atletas chegaram a desacelerar, pensando terem ouvido o comando que é disparado quando alguém queima a largada. Após uma discussão entre atletas e arbitragem, a final foi anulada e será repetida nessa quinta-feira.
“Eu não sei o que aconteceu. Foi uma confusão. Não sei se uma atleta que queimou ou se foi dado o tiro errado. Pelo que eu vi, uma das meninas estava chorando e pode ser que ela tenha queimado. Eu percebi o segundo tiro e eu ia parar, mas quando estava indo fazer isso, vi que as meninas tinham continuado a corrida e eu também segui junto”, disse Rayane Soares.
As medalhas do dia
O Brasil ganhou duas medalhas nas provas de velocidade nesta quarta-feira. Nos 200m T36 (atletas com paralisia cerebral), Samira da Silva comemorou muito a medalha de prata. A brasileira ficou em segundo lugar na prova, com 30s84, atrás apenas da argentina Araceli Rotela que levou o ouro com 30s28. Yanina Martinez, também da Argentina, completou o pódio, com 31s94.
Já nos 200m T47 (para atletas com amputações nos membros inferiores), Fernanda Yara da Silva levou a prata com um tempo de 25s48, enquanto Maria Clara Augusto ficou na quarta colocação, com 26s06. A vencedora da prova foi Lisbeli Vera, da Venezuela, com 24s88. A canadense Sheriauna Haase completou o pódio, com25s65.
400m e 800m
Nos 400m rasos masculino classe T12 (para atletas com baixa visão), Marcos Vinícius de Oliveira levou a medalha de prata. O brasileiro ficou em segundo lugar na prova, com um tempo de 51s10. Marcos ficou atrás apenas do colombiano Yamil David Acosta, que quebrou o recorde da prova nos Jogos Parapan-Americanos com um tempo de 49s04. Completando o pódio, o dominicano Richard Gonzalez ficou em terceiro lugar, com 54s38.
Já nos 400m T20 (deficiência intelectual) feminino, as duas representantes do Brasil ficaram fora do pódio. Keyla Barros ficou em quarto lugar, com 58s68, enquanto Jardênia Félix ficou na sexta posição, com 1min04s10. A vencedora da prova foi Maria Alejandra Murillo, da Colômbia, com 56s25, que é um novo recorde da competição.
Por fim, nos 800m T54, Cristian Ribera conquistou a medalha de bronze. O campeão mundial no esqui cross-country paralímpico ficou em terceiro lugar na final da prova, com um tempo de 1min36s61. O mexicano Fernando Sanchez levou o ouro, com 1min36s29, e o estadunidense Miguel Jimenez-Vergara ficou com a prata, com 1min36s53.
Medalhas nos lançamentos
O Brasil fez uma dobradinha na final do lançamento de dardo F54 (atletas cadeirantes). Poliana de Sousa ficou em segundo lugar na prova e levou a medalha de prata, com 14,07m. Beth Gomes, que é da classe F53, competiu em uma categoria acima da sua, mas conseguiu o bronze, com 13,75m. A dupla do Brasil ficou atrás apenas de Yanive Torres, da Colômbia, que quebrou o recorde das Américas para levar o ouro com 15,78m.
Julyana da Silva garantiu a medalha de bronze no lançamento de disco F57 no Parapan. A medalhista paralímpica fez um lançamentoe de 26,44m para terminar a final da prova em terceiro lugar. A mexicana Floralia Estrada também quebrou o recorde das Américas, para levar o ouro com 29,52m. A colombiana Yeniffer Paredes ficou em segundo lugar, com 27,94m.
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