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Melhor marchadora da história no País, a pernambucana é movida pela esperança de fazer uma boa preparação para o Circuito Mundial da World Athletics
Mesmo com todos os problemas causados pela pandemia, que impôs quarentena, adiou e cancelou competições, a pernambucana Érica Rocha de Sena (Pinheiros) mantém o foco de buscar um lugar no pódio nos 20 km marcha atlética nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2021, cuja prova está marcada para o dia 5 de agosto, na cidade de Sapporo, que fica a cerca de 800 quilômetros da capital japonesa.
A melhor marchadora da história no País, quarta colocada nos Mundiais de Londres-2017 e de Doha-2019 e sétima nos Jogos do Rio-2016, espera realizar seu sonho de conquistar uma medalha olímpica. “Estou muito focada na minha preparação. Estou fazendo a minha parte que é treinar e me dedicar. Agora é só esperar a confirmação de competições do Circuito Mundial”, disse Érica, que mora e treina em Cuenca, no Equador, e é orientada pelo marido Andrés Chocho, recordista sul-americano dos 50 km marcha.
Movida pela esperança, a atleta nascida no dia 3 de maio de 1985, em Camaragibe, terminou 2020 como a brasileira mais bem colocada no Ranking Olímpico da World Athletics, que leva em consideração três atletas por país: 10º lugar, com o tempo de 1:29:14, obtido no dia 10 de outubro, em Podebrady, República Tcheca. Esta foi a única competição internacional disputada por Érica em toda a temporada, marcada pela pandemia.
“Estou conseguindo treinar por aqui na medida do possível. Os meus planos são competir as provas do circuito mundial, mas ainda não sabemos se vão ser realizadas. A primeira etapa, que seria na China, já foi retirada do calendário. A segunda está marcada para Portugal, mas já recebi noticias que será adiada. Continua bem complicado”, lembrou a atleta, campeã do circuito mundial de 2017, vice-campeã em 2018 e terceira colocada em 2019.
Recordista brasileira dos 20 km com 1:26:59, Érica já obteve quatro vezes tempos melhores do que o índice exigido de 1:31:00 no período de qualificação olímpica. Em contato com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), está verificando oportunidades de preparação. “Estou vendo a possibilidade de fazer um camping internacional de treinamento no primeiro semestre. Ainda não sei onde, mas vai ser importante visando a Olimpíada”, comentou a marchadora, que participou em 2020 do Camping Internacional Caixa – Missão Europa, realizado em Rio Maior, em Portugal, pelo COB.
No início da pandemia, no ano passado, Érica ficou três meses trancada em casa, treinando apenas em esteira. Depois, sem pista, que está em reforma na sua cidade, teve de marchar nas ruas, de máscara, bastante desanimada. A situação só melhorou no período em que esteve em Rio Maior. Após o camping, ela prosseguiu em Portugal, na cidade de Monte Gordo, podendo competir em Podebrady na sequência.
No Brasil, Érica venceu em fevereiro os 20 km da Copa Brasil Caixa de Marcha Atlética, realizada no Recife antes da pandemia. Em dezembro ganhou a medalha de ouro nos 20.000 m no Troféu Brasil Caixa de Atletismo, na pista do Centro Olímpico, em São Paulo.
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