Incidente chocou espectadores e gerou debate sobre conduta antidesportiva no atletismo
Por La Nacion — Salamanca
O Campeonato Espanhol Indoor Sub-20 ficou tomado por polêmica após um incidente incomum na final dos 1.500 metros. O atleta de 18 anos Mario Palencia foi desclassificado por empurrar seu rival Daniel López nos metros finais da disputa. O incidente, ocorrido no pavilhão de Salamanca, chocou os espectadores e gerou um intenso debate sobre conduta antidesportiva no atletismo.
Segundo a mídia espanhola, incluindo o jornal Marca, o incidente ocorreu quando López, que estava na segunda posição, fez uma manobra para a direita na reta final da corrida. Palencia, aparentemente frustrado por ter sido bloqueado em sua tentativa de ultrapassagem, reagiu com um empurrão que fez seu oponente cair a poucos centímetros da linha de chegada.
Apesar da queda, López conseguiu cruzar a linha de chegada em segundo lugar, mas a agressão foi imediatamente sancionada pelos juízes, que aplicaram o regulamento RT7.1 da Federação Espanhola de Atletismo. A norma proíbe expressamente esse tipo de conduta. Palencia foi desclassificado e seu resultado anulado, em uma decisão que gerou opiniões divididas entre treinadores e especialistas em atletismo espanhol.
O evento reuniu os três grandes favoritos da competição: Guillermo Sánchez, Daniel López e Mario Palencia, que dominaram suas respectivas séries classificatórias. Desde o início, a corrida foi muito competitiva, com Sánchez liderando o grupo e López e Palencia brigando pelos segundos lugares.
O jovem Guillermo Sánchez, também de 18 anos, foi coroado campeão com o tempo de 3:54.55, levantando os braços em sinal de vitória ao cruzar a linha de chegada. No entanto, a atenção rapidamente se voltou para a briga entre seus rivais.
As imagens transmitidas pela LaLigaTV mostraram como, na última volta, López e Palencia já haviam tido um primeiro choque quando este último tentou ultrapassar o primeiro em um trecho apertado da pista. Esse cenário acrescentou tensão ao resultado, que terminou com López sendo empurrado e caindo.
A sanção aplicada a Palencia foi baseada no regulamento internacional de atletismo, que estabelece em seu artigo RT7.1 que “os atletas devem participar das competições de boa-fé e sem se envolver em conduta antidesportiva ou inapropriada”.
Os juízes da competição, após analisarem as imagens, não hesitaram em mostrar o cartão vermelho e confirmar a desclassificação. A decisão foi endossada pela Federação Espanhola de Atletismo, que enfatizou seu comprometimento com a integridade do esporte.
Esses tipos de sanções buscam evitar situações que comprometam o espírito de competição e que possam criar precedentes negativos nas categorias de formação do atletismo.
Incidente nos EUA
O incidente na Espanha ocorreu poucos dias após outro episódio de conduta antidesportiva no atletismo juvenil, desta vez nos Estados Unidos, durante a final estadual do revezamento 4x200 metros no estado da Virgínia.
Naquela competição, uma atleta do time da IC Norcom High School foi desclassificada após atingir uma rival com o bastão de revezamento, ação que nocauteou a oponente, Kaelen Tucker, do time da Brookville High School.
Segundo a Running Magazine, o ataque ocorreu quando Tucker, que havia ultrapassado a rival na reta final do revezamento, recebeu uma forte pancada na nuca com a barra de metal que os atletas usam nas provas. A agressão foi imediatamente detectada pelos juízes, que expulsaram a corredora infratora e anularam a participação de sua equipe na corrida.
Tucker sofreu uma concussão e uma possível fratura no crânio, o que resultou em internação hospitalar. O incidente gerou indignação na comunidade atlética americana e reforçou a necessidade de sanções exemplares para evitar que esse tipo de comportamento se repita no atletismo juvenil.
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